sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Consulte a bibliografia de referência para concurso que selecionará 59 mil professores


29/08/13

Consulte a bibliografia de referência para concurso que selecionará 59 mil professores

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O maior processo seletivo da história do magistério paulista está previsto para novembro deste ano
 
Está previsto para novembro o maior concurso da história do magistério paulista realizado pela Secretaria da Educação do Estado. Serão selecionados 59 mil professores para as mais de 5 mil escolas estaduais de São Paulo.
 
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Os interessados já podem se preparar para o processo seletivo.
As referências bibliográficas, habilidades e competências requeridas para a prova podem ser conferidas aqui.
Os educadores também podem acessar o material de referência de acordo com o cargo pretendido aqui.  
O material consultivo serve de base para os novos professores que atuarão nos anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e também na Educação Especial. Cada disciplina, como português, matemática, história e geografia, exige conhecimentos e habilidades diferentes e, por isso, a bibliografia indicada é específica para cada área. Além de livros pedagógicos, também são indicadas publicações institucionais focadas no currículo do Estado de São Paulo. É recomendável o estudo de todo conteúdo.
O edital para o concurso ainda será publicado e as vagas serão disponibilizadas regionalmente. Para o início do próximo ano letivo, já está previsto o ingresso de 20 mil novos professores. Após serem selecionados, os servidores passarão por formação específica, na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (EFAP), simultaneamente ao estágio probatório. Antes, estas fases aconteciam em épocas distintas.
A formação é uma etapa importante para o ingresso dos novos docentes. Por meio dela, os professores conhecem o currículo adotado pelo Estado, as metodologias de trabalho da rede pública paulista e a rotina pedagógica.
Desde janeiro de 2011, já foram nomeados mais de 34 mil docentes, o que totaliza 93 mil professores apenas nesta gestão.


quinta-feira, 11 de julho de 2013

SOBRE O SARESP É BOM SABER QUE:....................

Resolução SE 45, de 10-7-2013
Dispõe sobre a realização das provas de avaliação relativas ao Sistema de Avaliação de Rendimento
Escolar do Estado de São Paulo – SARESP/2013 O Secretário da Educação, à vista do que lhe representaram as Coordenadorias de Gestão de Educação Básica – CGEB e de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional – CIMA, e considerando que:
- o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP, como instrumento de avaliação externa das unidades escolares de diferentes redes de ensino paulistas, oferece indicadores de extrema relevância para subsidiar a tomada de decisões dos educadores que nelas atuam;
- esse instrumento de avaliação externa viabiliza, para cada rede de ensino, a possibilidade de comparação entre os resultados do SARESP e aqueles obtidos por meio de avaliações nacionais, como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB e a Prova Brasil;
- os resultados do SARESP, por comporem o IDESP – Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo, constituem, para cada unidade escolar, um importante indicador de melhoria qualitativa do ensino oferecido, Resolve:
Artigo 1º – A avaliação do SARESP, a se realizar nos dias 26 e 27-11-2013, abrangerá, obrigatoriamente, todas as escolas da rede estadual e todos os alunos do ensino regular, matriculados
nos 2ºs, 3ºs, 5ºs, 7ºs e 9ºs anos do ensino fundamental e nas 3ªs séries do ensino médio, além dos alunos das escolas estaduais não administradas pela Secretaria da Educação e das escolas municipais e particulares que aderirem à avaliação.
§ 1º – Para as escolas em processo de implantação progressiva do Ensino Fundamental de nove anos, serão avaliados os alunos das 2ªs, 4ªs, 6ªs e 8ªs séries desse nível de ensino.
§ 2º - O público-alvo que participará do SARESP 2013 será considerado com base nos dados do Sistema de Cadastro de Alunos – SE/CIMA/DEINF, atualizados pelas próprias escolas até o dia 30-8-2013.
Artigo 2º – Quanto às redes municipal e particular de ensino, a participação das escolas dar-se-á mediante manifestação de interesse, por meio de Formulário de Adesão e observados o cronograma e os procedimentos constantes do Anexo I que integra esta resolução.
§ 1º – Tratando-se de rede municipal, conforme disposto no Decreto nº 54.253, de 17-4-2009, alterado pelo Decreto nº 55.864, de 26-5-2010, o Governo do Estado, assumirá, por meio da Secretaria da Educação, as despesas referentes à aplicação da avaliação, devendo, para tanto, a Prefeitura, observadas as instruções formais do referido decreto:
1 – assinar:
a) convênio com a Secretaria da Educação, quando a adesão do município ao Sistema de Avaliação vier a se efetivar a partir de 2013;
b) termo de aditamento aos convênios com a Secretaria da Educação de São Paulo, celebrados em anos anteriores, desde que dentro dos respectivos prazos de vigência, como exigência decorrente da adesão do município, ao sistema de avaliação, em 2013;
2 – garantir a participação de todas as unidades escolares do município que oferecem ensino fundamental e/ou médio regular nos anos/séries que serão avaliados(as).
§ 2º – Na rede particular, em atenção à Deliberação CEE nº 84/2009 e respeitados os procedimentos e os prazos estabelecidos na presente Resolução, a entidade mantenedora da
escola, na conformidade do número de alunos que participarão do processo avaliatório, assumirá as despesas, mediante contrato a ser firmado com a instituição prestadora de serviço, cujo valor será calculado de acordo com o número de alunos a serem avaliados, multiplicado pelo valor do custo-aluno correspondente ao SARESP/2013.
§ 3º – A adesão de que trata o caput deste artigo implica a participação no processo dos alunos de todos os turnos das classes/anos/séries envolvidos, desde que cada escola possua, no mínimo, 18 (dezoito) alunos por ano/série a serem avaliados.
Artigo 3º - Quanto às escolas estaduais não administradas pela SE, a participação dar-se-á por meio de manifestação de interesse, exarada em ofício dirigido à Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional – CIMA/SE, assumindo as despesas, mediante contrato a ser firmado com a instituição prestadora de serviço, cujo valor será calculado de acordo com o número de alunos a serem avaliados, multiplicado pelo valor custo-aluno correspondente ao SARESP/2013.
Artigo 4º – No caso da rede estadual de ensino, observado o disposto no artigo 1º desta resolução, a avaliação envolverá, inclusive, alunos das classes de recuperação intensiva.
§ 1º – Os alunos dos anos/séries envolvidos realizarão as provas na escola, nas classes e nos turnos (manhã, tarde e noite) que vêm frequentando no ano em curso.
§ 2º – Nos dias de realização das provas, as escolas deverão garantir o funcionamento regular das classes de alunos dos anos/séries e modalidades de ensino que não serão avaliados no SARESP/2013.
Artigo 5º – Observados os anos/séries e níveis de ensino de que trata o artigo 1º desta resolução, a avaliação visa a aferir o domínio das competências e habilidades básicas previstas para o término de cada ano/série e consistirá da aplicação de provas de:
I – Linguagens (Língua Portuguesa) e Matemática, a todos os alunos dos 2ºs, 3ºs, 5ºs, 7ºs e 9ºs anos do ensino fundamental e das 3ªs séries do ensino médio;
II – Ciências Humanas (História e Geografia), a todos os alunos dos 7ºs e 9ºs anos do Ensino Fundamental e das 3ªs séries do ensino médio;
III – Redação, numa amostra de turmas de alunos dos 5ºs, 7ºs e 9ºs anos do ensino fundamental e das 3ªs séries do ensino médio de cada rede de ensino.
Artigo 6º – As provas serão elaboradas tendo por base as orientações expressas no documento “Matrizes de Referência para a Avaliação”, no qual estão descritas as habilidades, os conteúdos e as competências a serem avaliadas em cada disciplina e em cada ano/série, e terão a seguinte constituição:
I – para os 2ºs e 3ºs anos do ensino fundamental, as questões de Linguagens (Língua Portuguesa) e de Matemática serão predominantemente abertas;
II – para os 5ºs, 7ºs e 9ºs anos do ensino fundamental e 3ªs séries do ensino médio, as questões para cada disciplina avaliada serão de múltipla escolha;
III – para a Redação serão avaliados os gêneros: carta de leitor, para os 5 ºs anos do ensino fundamental; narrativa de aventura, para os 7ºs anos do ensino fundamental e artigo de opinião, para os 9 ºs anos do ensino fundamental e para as 3 ªs séries do ensino médio.
§ 1º – Serão aplicados diferentes tipos de cadernos de prova para cada um dos anos/séries e respectivas disciplinas.
§ 2º – Haverá elaboração de provas em escrita braille e de provas com texto em versão ampliada, por disciplina e por ano/série, conforme a necessidade, para atender alunos que apresentem deficiência visual, de acordo com dados constantes do Sistema de Cadastro de Alunos – SE/CIMA/DEINF.
Artigo 7º – Para realização das provas, deverão ser observados:
I – o cronograma constante do Anexo II que integra a presente resolução;
II – o horário regular de início das aulas adotado por cada escola, conforme consta do Anexo III, que integra a presente resolução;
III – o tempo de 3 (três) horas para realização da prova pelos alunos, com permanência obrigatória na sala de, no mínimo, 2 (duas) horas para o primeiro dia e 1 (uma) hora e 30 (trinta) minutos para o segundo dia da avaliação, observado o acréscimo de 1 (uma) hora para alunos com deficiência e para
os alunos que farão a prova de Redação.
Artigo 8º - As provas serão aplicadas na seguinte conformidade:
I – Nos 2ºs e 3ºs anos do ensino fundamental, por professores dos 1ºs, 2ºs e 3ºs anos, da própria escola, em turmas diversas daquelas nas quais lecionam;
II – Nos demais anos/séries dos ensinos fundamental e médio, por professores de outras escolas, observado o Plano de Aplicação das Provas, elaborado pelas Diretorias de Ensino.
§ 1º – Os professores aplicadores das redes estaduais e municipais, de que trata o inciso II deste artigo, serão convocados pelas respectivas autoridades educacionais de competência, mediante ato de convocação que deverá conter a indicação da unidade escolar em que cada um irá atuar.
§ 2º – No caso das escolas das redes municipal e particular e das escolas estaduais não administradas pela SE que não comportem a aplicação do disposto no inciso II deste artigo, as provas serão aplicadas por professores da própria escola, observando-se, para cada aplicador, que a turma/ano/série seja diferente daquela(s) em que ele lecione e, preferencialmente, que ministre aulas de disciplina diversa daquela(s) objeto da avaliação do SARESP.
Artigo 9º – O processo da aplicação das provas nas escolas será acompanhado, em cada turno, por:
I – representantes dos pais de alunos ou seus responsáveis, sob a coordenação do diretor da escola;
II – fiscais externos, disponibilizados pela instituição prestadora de serviço contratada, que terão a responsabilidade de zelar pela licitude e transparência do processo avaliativo.
Artigo 10 – São requisitos para atuação como professor aplicador:
I - ter vínculo empregatício na rede de ensino em que atuará e estar no exercício da docência;
II - participar dos treinamentos oferecidos pela escola/Diretoria de Ensino ou pela Secretaria Municipal de Educação,de acordo com sua vinculação.
Parágrafo único – O professor aplicador deverá permanecer na unidade escolar durante todo o turno de realização das provas referente à sua turma de aplicação.
Artigo 11 – Caberá ao professor aplicador, em sua atuação na turma que lhe for indicada:
I - cumprir todas as normas e procedimentos constantes do Manual do Aplicador, do vídeo instrucional do SARESP e dos treinamentos;
II - zelar pela segurança e sigilo dos cadernos de provas e folhas de respostas, procedendo ao seu recebimento e entrega em envelopes lacrados e não permitindo seu manuseio por qualquer pessoa que não o próprio aluno;
III - manter na sala, a partir do início da prova, a presença exclusiva dos alunos da turma avaliada, salvo nos casos de comprovada exigência da presença de pessoa(s) autorizada(s) para fornecer apoio específico a aluno(s) com necessidades educacionais especiais.
Artigo 12 – Caberá ao diretor da escola:
I – informar os alunos, a equipe escolar e a comunidade sobre a necessidade e a importância da participação dos discentes na avaliação do SARESP;
II – divulgar, aos alunos, à equipe escolar e à comunidade, as condições, datas e horários de realização das provas, cuidando do cumprimento dos procedimentos formais;
III – entregar e receber os questionários de pais e de alunos participantes da avaliação, em período precedente ao da aplicação das provas, seguindo rigorosamente as instruções estabelecidas no SARESP/2013;
IV - organizar a escola para a aplicação das provas nos dias previstos no Anexo II da presente resolução, informando à comunidade sobre a interrupção do atendimento ao público em geral nos dias das provas;
V – assegurar a presença, nos dias das provas, de todos os alunos dos anos/séries que serão avaliados;
VI – indicar, em consenso com o Conselho de Escola, para cada turno de avaliação, 5 (cinco) representantes dos pais de alunos participantes, para o acompanhamento de que trata o inciso I do artigo 9º desta resolução;
VII - indicar os professores de sua escola que poderão atuar como aplicadores em outras unidades escolares, de acordo com a demanda estabelecida pela Diretoria de Ensino;
VIII – informar os professores aplicadores de sua escola sobre o local em que atuarão nos dias das provas, conforme o Plano de Aplicação elaborado pela Diretoria de Ensino;
IX – orientar os professores de sua escola, que atuarão como aplicadores, sobre os procedimentos a serem adotados nos dias das provas, que se encontram explicitados nos Manuais de Orientação e de Aplicação e no vídeo instrucional do SARESP;
X – organizar, com antecedência, o processo de aplicação das provas em sua escola, na conformidade do disposto no artigo 8º desta resolução;
XI – nos dias das provas, receber os fiscais externos, de que trata o inciso II do artigo 9º desta resolução, bem como os professores aplicadores, encaminhando-os às respectivas turmas de alunos em que atuarão;
XII - juntamente com os fiscais externos, em horário antecedente ao de aplicação das provas, em cada turno de aplicação, reiterar, para os professores aplicadores, as orientações específicas fornecidas nos manuais e no vídeo instrucional do SARESP;
XIII - garantir, a partir do início das provas, em cada sala de aplicação, a presença exclusiva do respectivo professor aplicador, salvo nas salas em que se comprove a exigência da presença de profissional ou pessoa autorizada para fornecer apoio específico a alunos com necessidades educacionais especiais;
XIV – retirar e entregar os materiais de aplicação, devidamente lacrados, na Diretoria de Ensino ou nos polos das Secretarias Municipais de Educação, conforme o caso, seguindo rigorosamente o cronograma de atividades estabelecido para o SARESP/2013;
XV - garantir a segurança, sigilo e inviolabilidade dos cadernos de provas e das folhas de respostas, a partir de sua retirada e durante a guarda, distribuição e recolhimento, até a sua devolução;
XVI - atestar no Sistema Integrado do SARESP – SIS, a atuação dos fiscais e dos professores aplicadores, nos dois dias das provas, e responder ao Questionário de Acompanhamento e Controle da Aplicação.
Artigo 13 – Caberá ao Dirigente Regional de Ensino:
I – designar 2 (dois) Supervisores de Ensino, para acompanhamento das atividades do processo avaliativo, indicando um deles para responder pela função de Coordenador de Avaliação do SARESP;
II – zelar pelo cumprimento das normas e orientações referentes ao processo avaliativo;
III – divulgar, para os diretores das escolas, as datas e os procedimentos aplicáveis à avaliação, ressaltando a necessidade e a importância da participação, nos dias das provas, de todos os alunos dos anos/séries a serem avaliados;
IV – garantir o sigilo absoluto das informações contidas nos cadernos de provas, determinando a adoção de medidas de segurança nas etapas de acondicionamento, distribuição e recolhimento dos materiais de aplicação;
V – informar aos diretores das escolas sobre a presença dos fiscais especialmente contratados, responsáveis por acompanhar a aplicação das provas nas escolas, conforme previsto no inciso II do artigo 9º desta resolução;
VI – organizar plantão para esclarecimento de dúvidas, na Diretoria de Ensino, nos dias de aplicação das provas;
VII – convocar, nos termos da legislação pertinente, os supervisores de ensino para acompanharem e atestarem a realização do treinamento dos aplicadores nas escolas de sua responsabilidade;
VIII – dar suporte aos representantes dos municípios, escolas particulares e da rede estadual não administrada pela SE, para supervisionarem todo o processo avaliativo e orientarem suas equipes escolares na aplicação dos procedimentos de avaliação estabelecidos pela SE;
IX – convocar, conforme Plano de Aplicação das Provas elaborado pela Diretoria de Ensino e nos termos da legislação pertinente, os professores aplicadores das provas dos alunos das escolas estaduais, de que trata o inciso II do artigo 8º desta resolução; e
X – decidir sobre casos não previstos na presente resolução.
Parágrafo único – Além dos Supervisores de Ensino, a que se refere o inciso I deste artigo, os demais integrantes da equipe de supervisão da Diretoria de Ensino também deverão ser integrados às atividades do processo avaliativo, no que lhes couber, de acordo com as atribuições inerentes ao cargo.
Artigo 14 – Caberá ao Coordenador de Avaliação do SARESP, a que se refere o inciso I do artigo anterior, e ao representante da Secretaria Municipal de Educação, indicado como Coordenador de Avaliação:
I – promover reuniões para transmitir orientações aos diretores das escolas e demais profissionais envolvidos no processo;
II – organizar e coordenar o recebimento e a distribuição dos materiais necessários à realização da avaliação, de acordo com os procedimentos contidos no Manual de Orientação;
III – entregar e receber os materiais de aplicação, devidamente lacrados, na Diretoria de Ensino e no caso das Secretarias Municipais de Educação consideradas como polo, nos locais por elas indicados, seguindo rigorosamente o cronograma de atividades estabelecido para o SARESP/2013;
IV – organizar o acompanhamento da aplicação das provas, assegurando, nesses dias, em todas as escolas, a presença de profissionais da Diretoria de Ensino e da Secretaria Municipal de Educação;
V – orientar e subsidiar o plantão de dúvidas.
§ 1º – O Coordenador de Avaliação do SARESP da Diretoria de Ensino elaborará o Plano de Aplicação das Provas, observadas as disposições da presente resolução e ouvidas as unidades escolares de todas as redes de ensino participantes, por intermédio de seus representantes, procedendo à sua divulgação aos diretores das escolas estaduais da região e aos representantes das demais redes de ensino.
§ 2º – Compete aos Coordenadores de Avaliação, de que trata este artigo, garantir o sigilo absoluto das informações contidas nos cadernos de provas, adotando medidas de segurança nas etapas de acondicionamento, distribuição e recolhimento dos materiais de aplicação.
Artigo 15 – As ações pertinentes à execução do SARESP 2013 serão exercidas no âmbito da Secretaria da Educação, com base no Decreto nº 59.215/2013, no Decreto nº 54.253/2009 alterado pelo Decreto nº 55.864/2010, e no Decreto nº 57.141/2011.
Parágrafo único – Para a realização das ações previstas para o SARESP/2013, a Secretaria da Educação contará com o apoio técnico e logístico da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE, conforme previsto na Cláusula Terceira do Convênio constante do Anexo que integra o Decreto nº 54.253/2009, alterado pelo Decreto nº 55.864/2010.
Artigo 16 – Caberá à Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional - CIMA e à Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB baixar instruções complementares ao disposto na presente resolução.
Artigo 17 – Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, em especial a Resolução SE nº 72, de 4.7.2012.
ANEXO I
SARESP 2013 – Adesão
Atividades Cronograma
Municípios e Rede Particular - Preencher Formulário de Adesão, informando
os dados solicitados no site da SEE (www.educacao.sp.gov.br), no link
SARESP/2013 – Adesão – Formulário de Adesão De 17 de julho a 5 de agosto de 2013
Providenciar a documentação para abertura de Convênio/Termo Aditivo,
conforme informações no site da SE, no link SARESP/2013 – Orientações
para Adesão das Redes Municipais
Enviar documentação para formalizar a abertura de processo relativo ao
Convênio/Termo Aditivo para a Diretoria de Ensino de sua região que, após
análise da documentação, enviará a documentação para: Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo – Casa Caetano de Campos -
COFI/DECON/Centro de Convênios – SARESP – sala 234, na Praça da
República nº 53, 2º andar – República - CEP: 01045-001 – São Paulo – SP Até 20 de agosto de 2013


Assinar Convênio/Termo Aditivo relativo ao SARESP/2013 Convênios: até 30 de agosto de 2013 Aditamento: conforme a data de assinatura do convênio do ano anterior
Realizar a digitação e atualização, no Sistema de Cadastro de Alunos do
Estado de São Paulo – SE/CIMA/DEINF, da totalidade das classes e dos
dados de cada aluno a ser avaliado Até 30 de agosto de 2013
Para as escolas estaduais não administradas pela SE: enviar ofício dirigido à
Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional –
CIMA/SE Até final de julho de 2013
Para as escolas particulares: assinar contrato diretamente com a instituição
prestadora de serviço contratada pela SE Até final de setembro de 2013




ANEXO II
SARESP/2013 - Calendário de Provas - Ensinos Fundamental e Médio
Data Provas Anos/Séries



26/11
- Linguagens (Língua Portuguesa) 2º ano EF 3º ano EF/ 2ª série EF - Linguagens (Língua Portuguesa) - Redação (amostra) 5º ano EF/4ª série EF - Linguagens (Língua Portuguesa) - Matemática 7º ano EF/6ª série EF 9º ano EF/8ª série EF 3ª série EM


27/11 - Matemática 2º ano EF 3º ano EF/ 2ª série EF 5º ano EF/4ª série EF - Ciências Humanas (História e Geografia) - Redação (amostra) 7º ano EF/6ª série EF 9º ano EF/8ª série EF 3ª série EM

ANEXO III
SARESP/2013 – Turnos das Provas – Ensinos Fundamental e Médio

Horário regular das turmas/anos/séries Turno de Referência de Aplicação
Com início das aulas entre 6h45min e 10h59min Manhã
Com início das aulas entre 11h e 16h59min Tarde
Com início das aulas a partir das 17h Noite
Turmas de horário integral Manhã

O início das provas, em cada turma, dar-se-á no respectivo horário de início das aulas.

CONCURSEIROS--- NOVA LEI Nº 15.082, DE 10 DE JULHO DE 2013

LEI Nº 15.082, DE 10 DE JULHO DE 2013 

(Projeto de lei nº 727/11, da Deputada Leci Brandão do PC do B)

Altera a Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, que dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual, e dá outras providências
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - A Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, que dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual, fica acrescida do seguinte artigo 5º-A:
“Artigo 5º-A - A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, para cumprir o disposto nesta lei e fiscalizar o seu cumprimento, poderá firmar convênios com os Municípios, com a Assembleia Legislativa e com as Câmaras Municipais”. (NR)
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 10 de julho de 2013.
GERALDO ALCKMIN
Eloisa de Sousa Arruda
Secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania
Edson Aparecido dos Santos
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 10 de julho de 2013.


2 – D.O.E.; Poder Executivo, Seção I, São Paulo, 111 (209), terça-feira, 6 de novembro de 2001

LEI N. 10.948, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2001
(Projeto de lei nº 667/2000, do deputado Renato Simões - PT)
Dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual e dá outras providências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1.º - Será punida, nos termos desta lei, toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero.
Artigo 2.º - Consideram-se atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais e coletivosdos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros, para os efeitos desta lei:
I - praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica;
II - proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público;
III - praticar atendimento selecionado que não esteja devidamente determinado em lei;
IV - preterir, sobretaxar ou impedir a hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou similares;
V - preterir, sobretaxar ou impedir a locação, compra, aquisição, arrendamento ou empréstimo de bens móveis ou imóveis de qualquer finalidade;
VI - praticar o empregador, ou seu preposto, atos de demissão direta ou indireta, em função da orientação sexual do empregado;
VII - inibir ou proibir a admissão ou o acesso profissional em qualquer estabelecimento público ou privado em função da orientação sexual do profissional;
VIII - proibir a livre expressão e manifestação de afetividade, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos.
Artigo 3.º - São passíveis de punição o cidadão, inclusive os detentores de função pública, civil ou militar, e toda organização social ou empresa, com ou sem fins lucrativos, de caráter privado ou público, instaladas neste Estado, que intentarem contra o que dispõe esta lei.
Artigo 4.º - A prática dos atos discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em processo administrativo, que terá início mediante:
I - reclamação do ofendido;
II - ato ou ofício de autoridade competente;
III - comunicado de organizações não-governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.
Artigo 5.º - O cidadão homossexual, bissexual ou transgênero que for vítima dos atos discriminatórios poderá apresentar sua denúncia pessoalmente ou por carta, telegrama, telex, via Internet ou fac símile ao órgão estadual competente e/ou a organizações não-governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.
§ 1.º - A denúncia deverá ser fundamentada por meio da descrição do fato ou ato discriminatório, seguida da identificação de quem faz a denúncia, garantindo-se, na forma da lei, o sigilo do denunciante.
§ 2.º - Recebida a denúncia, competirá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania promover a instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das penalidades cabíveis.
Artigo 5º-A - A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, para cumprir o disposto nesta lei e fiscalizar o seu cumprimento, poderá firmar convênios com os Municípios, com a Assembleia Legislativa e com as Câmaras Municipais. ( (acrescido pela Lei 10.948 – D.O. de 11.07.13)
Artigo 6.º - As penalidades aplicáveis aos que praticarem atos de discriminação ou qualquer outro ato atentatório aos direitos e garantias fundamentais da pessoa humana serão as seguintes:
I - advertência;
II - multa de 1000 (um mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo;
III - multa de 3000 (três mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, em caso de reincidência;
IV - suspensão da licença estadual para funcionamento por 30 (trinta) dias;
V - cassação da licença estadual para funcionamento.
§ 1.º - As penas mencionadas nos incisos II a V deste artigo não se aplicam aos órgãos e empresas públicas, cujos responsáveis serão punidos na forma do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado - Lei n. 10.261, de 28 de outubro de 1968.
§ 2.º - Os valores das multas poderão ser elevados em até 10 (dez) vezes quando for verificado que, em razão do porte do estabelecimento, resultarão inócuas.
§ 3.º - Quando for imposta a pena prevista no inciso V supra, deverá ser comunicada a autoridade responsável pela emissão da licença, que providenciará a sua cassação, comunicando-se, igualmente, a autoridade municipal para eventuais providências no âmbito de sua competência.
Artigo 7.º - Aos servidores públicos que, no exercício de suas funções e/ou em repartição pública, por ação ou omissão, deixarem de cumprir os dispositivos da presente lei, serão aplicadas as penalidades cabíveis nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos.
Artigo 8.º - O Poder Público disponibilizará cópias desta lei para que sejam afixadas nos estabelecimentos e em locais de fácil leitura pelo público em geral.
Artigo 9.º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de novembro de 2001.
GERALDO ALCKMIN
Edson Luiz Vismona
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
João Caramez
Secretário-Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 5 de novembro de 2001.

8 – São Paulo, 120 (51) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quinta-feira, 18 de março de 2010

DECRETO Nº 55.588, DE 17 DE MARÇO DE 2010
Dispõe sobre o tratamento nominal das pessoas transexuais e travestis nos órgãos públicos do Estado de São Paulo e dá providências correlatas
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
Considerando que o princípio da dignidade da pessoa humana, fundamento do Estado Democrático de
Direito, assegura o pleno respeito às pessoas, independentemente de sua identidade de gênero;
Considerando que é objetivo da República Federativa do Brasil a constituição de uma sociedade justa e
que promova o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação;
Considerando que a igualdade, a liberdade e a autonomia individual são princípios constitucionais que
orientam a atuação do Estado e impõem a realização de políticas públicas destinadas à promoção da cidadania e respeito às diferenças humanas, incluídas as diferenças sexuais;
Considerando que os direitos da diversidade sexual constituem direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, e que a sua proteção requer ações efetivas do Estado no sentido de assegurar o pleno exercício da cidadania e a integral inclusão social da população LGBT;
Considerando que toda pessoa tem direito ao tratamento correspondente ao seu gênero; e
Considerando que transexuais e travestis possuem identidade de gênero distinta do sexo biológico, Decreta:
Artigo 1º - Fica assegurado às pessoas transexuais e travestis, nos termos deste decreto, o direito à escolha de tratamento nominal nos atos e procedimentos promovidos no âmbito da Administração direta e indireta do Estado de São Paulo.
Artigo 2º - A pessoa interessada indicará, no momento do preenchimento do cadastro ou ao se apresentar para o atendimento, o prenome que corresponda à forma pela qual se
reconheça, é identificada, reconhecida e denominada por sua comunidade e em sua inserção social.
§ 1º - Os servidores públicos deverão tratar a pessoa pelo prenome indicado, que constará dos atos escritos.
§ 2º - O prenome anotado no registro civil deve ser utilizado para os atos que ensejarão a emissão de documentos oficiais, acompanhado do prenome escolhido.
§ 3º - Os documentos obrigatórios de identificação e de registro civil serão emitidos nos termos da legislação própria.
Artigo 3º - Os órgãos da Administração direta e as entidades da Administração indireta capacitarão seus servidores para o cumprimento deste decreto.
Artigo 4º - O descumprimento do disposto nos artigos 1º e 2º deste decreto ensejará processo administrativo para apurar violação à Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, sem prejuízo de infração funcional a ser apurada nos termos da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Artigo 5º - Caberá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, promover ampla divulgação deste decreto para esclarecimento sobre os direitos e deveres nele assegurados.
Artigo 6º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 17 de março de 2010
JOSÉ SERRA
Luiz Antonio Guimarães Marrey Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Aloysio Nunes Ferreira Filho Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 17 de março de 2010

8 – São Paulo, 120 (51) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quinta-feira, 18 de março de 2010
DECRETO Nº 55.589, DE 17 DE MARÇO DE 2010
Regulamenta a Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, que dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e à vista do disposto na Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001,
Decreta:
Artigo 1º - A apuração dos atos discriminatórios e a aplicação das penalidades previstas na Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, serão realizadas por uma comissão especial, composta por 5 (cinco) membros, designados pelo Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania.
§ 1º - O procedimento sancionatório a que se refere o “caput” deste artigo observará as regras contidas na Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998.
§ 2º - Identificada a prática de possível falta por servidor público estadual, a comissão especial comunicará o fato ao órgão em que o suspeito desempenhar suas funções e indicará as provas de que tiver conhecimento, propondo a instauração do procedimento disciplinar cabível.
§ 3º - A comunicação de que trata o § 2º deste artigo será dirigida à autoridade competente para
determinar a instauração do procedimento disciplinar, observando-se, no que couber, o disposto nos artigos 260, 272 e 274 da Lei Complementar nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, com a redação dada pela Lei Complementar nº 942, de 6 de junho de 2003.
§ 4º - Na hipótese de configuração, em tese, de infração penal, a comissão especial, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados de sua ciência, dará notícia do fato ao Ministério Público, instruída com as cópias dos documentos pertinentes.
Artigo 2º - Além da identificação civil, fica assegurado às pessoas travestis e transexuais a qualificação, nos procedimentos previstos na Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, pelos prenomes pelos quais são reconhecidas e denominadas por sua comunidade e em sua inserção social.
Artigo 3º - A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania fica autorizada a firmar convênios e termos de cooperação com entidades públicas e privadas e a praticar todos os atos necessários ao bom funcionamento do sistema de recebimento e julgamento das denúncias dos atos discriminatórios definidos na Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001.
Parágrafo único - O Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania poderá expedir normas complementares para o cumprimento deste decreto.
Artigo 4º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 17 de março de 2010
JOSÉ SERRA
Luiz Antonio Guimarães Marrey Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Aloysio Nunes Ferreira Filho Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 17 de março de 2010

Concurso para 59 mil novos professores: nomeação começará em janeiro de 2014


A Educação anunciou nesta sexta-feira (5) um pacote de medidas para beneficiar a rede estadual de ensino. Entre as ações, está o maior concurso da história da Educação para professores que desejam ingressar em escolas da rede.
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Os educadores vão compor o quadro de turmas do Ciclo II do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. O novo edital será divulgado ainda neste semestre. Cerca de 34 mil docentes foram nomeados desde 2011. As contratações farão o número atingir 93 mil novos professores. 
“A Educação está autorizada pelo Governo do Estado para convocar 20 mil professores a partir de janeiro de 2014", disse o secretário da Educação Herman Voorwald, no momento do anúncio.
O aumento salarial de 8,1%, já a partir do dia 1º de agosto para mais de 415 mil funcionários do magistério, apoio escolar e aposentados também foi divulgado no evento. “Promulgamos a lei do reajuste que dará 8,1% de aumento neste ano. Em 2014, o aumento salarial chegará a 45%, valor acima da inflação e com ganho real", disse o governador Geraldo Alckmin.
Os candidatos aprovados no novo concurso passarão por formação específica na Escola de Formação e Aperfeiçoamento do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa Souza” (EFAP). O curso tem 360 horas, divididas em 18 módulos semanais de 20 horas. Nas aulas, os docentes conhecerão o currículo adotado pelo estado, metodologias de trabalho e aspectos da realidade das escolas estaduais.
A formação, que antes acontecia em um período diferente das aulas, passará a ocorrer simultaneamente, como parte integrante do estágio probatório. A alteração ocorreu para que o ingresso dos professores na sala de aula aconteça de forma mais ágil.

Contratações temporárias
O governador também anunciou uma medida inédita para os 181,5 mil professores efetivos e estáveis da rede estadual. A partir de agora, eles poderão acumular o cargo de efetivo com a contratação temporária. O que permitirá, por exemplo, que ele substitua um outro professor em horário distinto de sua jornada, além de aumentar a carga horária de acumulação para 65 horas semanais. As medidas reforçam a política da Secretaria pela ampliação do quadro de docentes efetivos na rede estadual.
Outros cargos
No pacote de valorização da rede, também foram contemplados outros servidores que compõem o quadro da Educação. A Secretaria anunciou a nomeação de 973 agentes de organização escolar, a criação de mais de 800 cargos de analista de tecnologia e administrativo e a autorização de 127 cargos de oficial administrativo e 87 de executivo públic

sábado, 29 de junho de 2013

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
Cecília Meireles

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Amar


"Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro."


Mario Quintana

Poesia rima com tesão


Serei insolente, imprudente ou descarada
Se escrever tesão e acentuar a palavra
E tornar a palavra como o acto
Coisa real palpável e dura?
Serei impúdica, incorrecta ou devassa
Se escrever coito e fizer sexo com as palavras
E a palavra se tornar lasciva
E assumir mil formas
Tantas como as do coito
Tantas como as do amor?Serei…?Não!
Vergonha sentiria se no final do poema
Ao escrever sémen, esperma e orgasmo
Um fio ténue e breve me escorresse da caneta
E fossem final e poema
Tímida e precoce ejaculação.
Pois que poesia não rima com pudor
Pois que poesia não rima com vergonha
Pois que poesia não rima com pejo ou timidez.
Poesia rima com paixão
Poesia rima com tesão
E mãos e corpos em coitos
E palavras que se dão com avidez.

LUA ADVERSA



Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles

Retrato

Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles

Canção da tarde no campo

Poemas de Cecília Meireles



Caminho do campo verde
estrada depois de estrada.
Cerca de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a tarde é minha.

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua;
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.

Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha.


Só Pro Meu Prazer - Gabriel Guerra

Não fala nada
Deixa tudo assim por mim
Eu não me importo
Se nós não somos bem assim
É tudo real as minhas mentiras
E assim não faz mal
E assim não me faz mal não

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer
Só pro meu prazer

Não vem agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você, não é nada que eu penso
Também se não for
Não me faz mal
Não me faz mal não

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer
Só pro meu prazer

Amor arrebatado que a gente não esquece

Amor arrebatado que a gente não esquece

Os romances que tocam a alma falam de uma felicidade efêmera, cuja lembrança nos acompanha para sempre. À vida fica reservado o conflito de perder o amor para, veja você, preservá-lo

pts


Ela lhe deu o livro e disse: “É uma história de amor muito bonita. Mas não quero o fim para nós…” Na capa do livro estava escrito: As Pontes de Madison.
Madison era o nome de uma daquelas cidadezinhas pacatas do interior americano, lugar de criadores de gado, novidades não havia, todas as noites eram a mesma coisa, os homens se reuniam nos bares para beber cerveja e falar sobre touros e vacas ou jogavam boliche com suas mulheres, que durante o dia cuidavam das casas e cozinhavam, e aos domingos a família ia à igreja e cumprimentavam o pastor na saída pelo bom sermão. Todos conheciam todos, todos sabiam de tudo, vida privada não havia e nem segredos e, como gado manso, ninguém se atrevia a pular as cercas porque todos ficariam sabendo.
A cidade era vazia de atrativos além do gado, a não ser algumas pontes cobertas sobre um rio a que os moradores não atribuíam qualquer importância. Eram cobertas como proteção contra as nevascas de inverno que poderiam cobrir as pontes, bloqueando o tráfego dos veículos. Só uns poucos turistas que paravam no lugar as julgavam dignas de serem fotografadas.
A família, pacata como as outras, era composta de marido, mulher e dois filhos. Eles tinham cabeças de criadores de gado, cheiro de criadores de gado, olhos de criadores de gado e sensibilidade de criadores de gado.
A esposa era uma mulher bonita e discreta, de sorriso e olhos tristes. Mas o marido não a via, lotados que estavam com touros e vacas.
Suas rotinas de vida eram iguais às rotinas de todas as outras mulheres. Essa era a sorte comum de todas que, em Madison, haviam se esquecido da arte de sonhar. As portas das gaiolas podiam ficar abertas, mas suas asas tinham desaprendido a arte do vôo.
Marido e filhos tratavam a casa como uma extensão dos currais e havia na cozinha aquela porta de molas que batia no batente produzindo um ruído seco como o de uma porteira sempre que entravam. A mulher já lhes havia pedido vezes sem conta que segurassem a porta para que ela fechasse de mansinho. Mas o pai e os filhos, acostumados à música da porteira, não prestavam atenção. Com o passar do tempo, ela compreendeu que era inútil. A batida seca passou a ser o sinal de que marido e filhos haviam chegado.
Aquele era um dia diferente. Havia excitação na cidade. Os homens se preparavam para levar seus animais para uma exposição de gado numa cidade próxima. As mulheres ficariam sozinhas. Na cidadezinha amiga, elas estariam protegidas.
E assim aconteceu com ela naquele dia em que a porta não bateu…
Era uma tarde parada e calorenta. Nem uma vivalma até onde a vista alcançava. Ela, sozinha na sua casa.
Mas rompendo a mesmice de todos os dias passou pela estrada de terra um estranho guiando um jeep. Estava perdido, enganara-se sobre as estradas que não tinham indicações, procurava alguém que pudesse ajudá-lo a encontrar aquilo que procurava. Era um fotógrafo que procurava as pontes cobertas para escrever um artigo para a Geographic Magazine.
Vendo a mulher que da varanda o observava interrogativa – quem seria? – ele parou defronte da casa. Ele, surpreendido que uma mulher tão bonita estivesse sozinha naquele fim de mundo, se aproxima. É convidado a subir até a varanda – que mal poderia haver nesse gesto de cortesia? Ele estava suado. Que mal haveria que tomassem juntos uma limonada gelada? Quanto tempo fazia que ela não conversava assim com um homem estranho, sozinha?
Foi então que aconteceu. E os dois disseram em silêncio: “Quando te vi amei-te já muito antes…” E assim a noite passou com um amor manso, delicado e apaixonado que nem ela e nem ele jamais experimentaram.
Mas o tempo da felicidade passa rápido. A madrugada chegou. A vida real em breve entraria pela porta: filhos, marido e o barulho seco da porta. Hora da despedida, hora do “nunca mais”.
Mas a paixão não aceita separações. Ela deseja a eternidade: “Que seja eterno embora chama e infinito pra todo o sempre…”
Eles tomam então a decisão de partirem juntos. Ele a esperaria numa determinada esquina. Para ele, seria fácil: solteiro, livre, nada o prendia. Difícil para ela, presa a marido e filhos. E ela pensava na humilhação que sofreriam na tagarelice dos bares e da igreja.
Chovia forte. Ela e o marido se aproximam da esquina combinada, o marido sem suspeitar do sofrimento de paixão assentado ao seu lado. Sinal vermelho. O carro pára. Ele a esperava na esquina, a chuva lhe escorrendo pelo rosto e roupa. Seus olhares se encontram. Ele decidido, esperando. Ela, partida pela dor. A decisão ainda não está feita. Sua mão está crispada sobre a alavanca da maçaneta. Bastaria um movimento da mão, não mais que cinco centímetros. A porta se abriria, ela sairia sob a chuva e iria abraçar aquele que ela amava. A luz verde do semáforo se acende. A porta não se abre. O carro segue para o “nunca mais”…
E esse foi o fim da estória no filme e na vida…
Rubem Alves

O Prazer em ler

Quanto mais oportunidades o aluno tiver de ouvir, ver e sentir leituras alheias, maior será o seu repertório e a sua sensibilidade para compreender o que lê e ouve.
Essas leituras, sejam elas um poema, um conto de fadas com príncipes, princesas e castelos, uma notícia de jornal, uma reportagem, uma trova popular etc., são experiências fundamentais para a formação do leitor que gosta de ler e também sente necessidade da leitura.
Mesmo quando este leitor é uma criança, que não domina a letra, a palavra escrita, é importante que esteja inserido em um ambiente cujo gosto pela leitura é apreciado, partilhado e usufruído em comum, para que desta forma também desenvolva o quanto puder as habilidades da leitura.
Ao relembrar Paulo Freire, que nos chamou atenção para a “leitura do mundo”, que antecede a leitura da palavra, podemos afirmar que é por meio da linguagem que o indivíduo reconhece os significados da cultura em que vive, estabelece relações entre as informações e constrói sentido para si e para o mundo.
Simplificando a teoria de Vygotsky, podemos também dizer que a aprendizagem é uma concepção de perspectiva, pois se funde com passado e presente a fim de construir o futuro. Dessa forma, tão importante quanto o ambiente, o reconhecimento do repertório que o indivíduo construiu por toda a sua vida vai lhe permitir a compreensão de cada novo objeto do conhecimento e o reconhecimento do mundo à sua volta.
O papel do educador, nesse sentido, surge como interventor dos avanços inerentes ao processo de construção de conhecimento. Pois, no caso da leitura, não basta oferecer livros em quantidade. Professores e alunos precisam estar juntos no processo que envolve redescobertas e inúmeras possibilidades e precisam perceber e sentir de verdade que a leitura é um elemento essencial para a vida.
Contudo, podemos afirmar que a leitura é território de um sujeito ativo e interativo, que acredita que se “apreende o mundo quando se compreende o que o faz ser como é” (Foucambert, 1994) e que ler é, sobretudo, descobrir caminhos e conhecer.

Eliane da Costa Bruini
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O conceito de linguagem em Bakhtin



O conceito de linguagem em Bakhtin
Luis Filipe Ribeiro
Universidade Federal Fluminense

Resumo:
Este artigo, na verdade uma conferência para alunos de Letras, tenta fazer entender, de forma didática, os conceitos fundamentais, através dos quais Mikhail Bakhtin aborda a difícil problemática filosófica da linguagem humana.



Indagar-se sobre os conceitos na obra de Mikhail Bakhtin é sempre um desafio, pois sabe-se que aí está tudo em movimento permanente e não há terreno sólido para as construções formais. Mesmo porque, se há alguma coisa que caracterize o seu pensamento, essa alguma coisa é uma adesão inconteste à filosofia do movimento. Nada é, em sua obra, definitivo, nada está estabelecido permanentemente, tudo oscila com as alterações do quadro histórico, em que as ações humanas se desenrolam.
Minha proposta, hoje, é tentar alinhavar em linhas gerais como seu pensamento trabalha com a linguagem.
Este é um terreno minado, pelas muitas teorias e filosofias que dele se ocuparam. Mas, tanto melhor, pois será do diálogo de tantas vozes discordantes que poderá surgir uma possibilidade de entendimento desse fenômeno que é absolutamente central tanto na vida social, como na nossa existência pessoal.
Talvez, uma primeira aproximação possa ser feita pela comparação do seu pensamento com o de Ferdinand de Saussure, fundador da lingüística tradicional. Este, ao aproximar-se do fenômeno da linguagem, assim se expressa:
Mas, o que é a língua? Para nós ela não se confunde com a linguagem, ela é apenas uma parte dela, essencial, é verdade. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o exercício de tal faculdade pelos indivíduos. Considerada em sua totalidade, a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por isso que não sabemos como determinar sua unidade.
A língua, ao contrário, é um todo em si mesmo e um princípio de classificação. Uma vez que nos lhe atribuímos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma ordem natural num conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação.1
O lingüista genebrino faz um movimento epistemológico, no mínimo curioso. Primeiro admite que a linguagem é diferente da língua, que ele define como o objeto de estudo da lingüística. A língua é uma parte apenas da linguagem que ele admite ser muito mais ampla que a primeira. Logo, a lingüística não tem como objeto de estudo a linguagem humana, mas uma parte dela.
De outra parte, ao afirmar que a língua é um “produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o exercício de tal faculdade pelos indivíduos”, Saussure está nos dizendo que a língua é apenas um instrumento que possibilita o exercício da linguagem pelos indivíduos, ademais de ser um conjunto de convenções. Trocando em miúdos, a língua não pode ser confundida com o uso da linguagem humana. Até porque o nosso lingüista vai afirmar, também, que
a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por isso que não sabemos como determinar sua unidade.
Ou seja, Saussure descarta a possibilidade de um conhecimento científico da linguagem humana e, em função disto, determina que se estude apenas o seu aparato técnico. É um pouco como dizer que “já que não posso entender sistematicamente a música, vou estudar o tocador de cds”.
Isto, em absoluto, não desqualifica a estudo da lingüística que, de todo modo, é fundamental. Apenas sublinha claramente que ela não foi construída para entender a linguagem humana, mas seu instrumental técnico, a língua. Isto explica porque o campo da semântica sempre foi o irmão mais pobre em estudos e em bibliografia lingüísticas. Exatamente porque ele aponta para a única coisa que fica realmente fora da língua, ou seja, o mundo. Um clarividente lingüista americano, Edward Sapir, afirmou, com propriedade, que a semântica não pertencia à lingüística, mas à antropologia. Num gesto que marca bem claramente o problema que estamos tentando desenhar.
O estudo da língua é fundamental, sem ele não avançamos muito no campo da linguagem; mas, por outro lado, é insuficiente, se nosso objetivo é conhecer o exercício efetivo da fala em sociedade.
A partir daí, o mais é decorrência deste movimento fundador básico. Para Saussure, além da linguagem e da língua, existe ainda a fala. A linguagem é incognoscível; a língua é o estudo dos signos e das suas regras de combinação; a fala é o mero exercício individual dentro dos limites da língua e, igualmente, é descartada como objeto de estudo da lingüística. Ou seja, nem a linguagem — fenômeno social por excelência —; nem a fala — o exercício pessoal da linguagem — podem ser estudados pela lingüística. Ela vai dedicar-se inteiramente ao estudo do instrumental que nos possibilita a fala. Para entender melhor tal afirmação — e uso aqui uma gratificante experiência com meu filho caçula de um ano e três meses de idade — uma criança que ainda não fala, nem por isso deixa de possuir linguagem. Ela se comunica, expressa seus desejos, manifesta seus desagrados, busca seus objetivos práticos no dia-a-dia. Mas ela ainda não fala. E não fala porque não domina totalmente o instrumental técnico que é a língua. Não a usa como emissor, mas a entende perfeitamente como receptor. Ou seja, dela tem um domínio parcial, com ela se orienta no mundo, mas não lhe conhece as manhas e as produções vocais, que há de aprender por imitação direta dos falantes que a cercam. Mas não se pode dizer que não tenha linguagem. E, voltando atrás no seu tempo de vida, antes mesmo de que pudesse entender a língua falada, já tinha uma linguagem, com a qual se ia inserindo no mundo adulto e agindo sobre ele. Não têm os pais que aprender a identificar diferentes tipos de choro de um bebê, para poder atendê-lo, quando é o caso, e desatendê-lo, quando não?
Isto pode tornar os limites entre os nossos dois teóricos — Saussure e Bakhtin — mais claros e mais palatáveis. Ou seja, torná-los acessíveis ao maior número. Pois se há uma coisa de que quero afastar-me é de uma universidade vem desaprendendo gradualmente a falar claro e em língua de gente.
Bakhtin — que é o objeto de minha exposição nesta mesa — situa-se quase como antípoda de Saussure e, por isso, nós que o estudamos, não o vemos como um lingüista, mas como um filósofo da linguagem. E por que? Porque, para ser lingüista ele teria que aceitar as premissas da lingüística traçadas por Saussure, o que ele absolutamente não aceita. Quase contemporâneo de Saussure, Bakhtin critica duramente os fundamentos de sua concepção teórica ao longo de sua obra, mas com especial atenção em Marxismo e Filosofia da Linguagem.
E qual é, basicamente, sua proposta teórica?
Bakhtin pretende, no fundamental, entender o exercício da linguagem humana por parte dos indivíduos. Ele escolhe a música e não o CdPlayer, por difícil que seja o caminho a desbravar. O que Saussure excluiu do estudo da lingüística é exatamente o que atrai as atenções de Bakhtin.
Para ele o único objeto real e material de que dispomos para entender o fenômeno da linguagem humana é o exercício da fala em sociedade. A língua falada, nas casas e nas feiras, na rua e na igreja, no quartel e na repartição, no baile e no bordel, é sempre o que existe de materialmente palpável para o estudo. Para ele, a língua — que Saussure considera o objeto da lingüística — não passa de um modelo abstrato, construído pelo teórico a partir da linguagem viva a real. Coerentemente Saussure afirmava que “não é o objeto que precede o ponto de vista, mas é o ponto de vista que cria o objeto”. No caso da lingüística é exatamente o que ocorre: o seu objeto é criado a partir do ponto de vista de que a linguagem humana não pode ser objeto de conhecimento científico, assim como o exercício da fala.
Para entender um pouco mais a fundo tal diferença, é necessário remontar às origens filosóficas de cada um deles. Saussure surge em cena, durante a onda ascendente do positivismo, que balizava, de forma muito ampla, a produção da ciência ocidental. E o método por excelência do positivismo é o quantitativo. Só é real e material aquilo que pode ser medido, pesado, tocado, manipulado. Era uma forma de contrapor-se às teses escolásticas e metafísicas que constituíram, durante séculos, o cenário do pensamento no Ocidente.
Já Bakhtin surge na cena científica, na Rússia Soviética nascente e em que o marxismo, na sua leitura leninista e stalinista, constituía o único pensamento aceitável. Bakhtin se defronta, então, com dois problemas ao mesmo tempo. De um lado, pensar o marxismo com Marx e não com o Partido Comunista; de outro, discutir o modelo ocidental, positivista por excelência. Sua saída foi buscar apoio em uma erudição literária invejável e um conhecimento filosófico sofisticado. A erudição literária ofereceu-lhe um contacto privilegiado com a linguagem humana real e o conhecimento filosófico uma vacina eficaz contra as simplificações positivistas seja do marxismo oficial, seja da ciência que se fazia no Ocidente. Sua escolha foi decididamente por uma filosofia do movimento, que vem de Heráclito aos nossos dias. E, esta opção pelo movimento, afasta-o decididamente das filosofias da forma, que trabalham com um mundo pronto, acabado e congelado em formas imutáveis, cuja origem remonta a Platão com o seu mundo das idéias, fora do tempo e fora do espaço.
Bakhtin trabalha com um mundo em movimento e em perene transformação, seu objeto está sempre em processo, não se submete a uma forma fixa e imutável.
E é exatamente por isso que ele não pode aceitar que uma língua seja um conjunto de formas (signos) e suas regras de combinação (sintaxe). Para Saussure, um signo é uma relação entre um significante (um som, uma imagem acústica ou um grafema) e um significado (um conceito). Para Bakhtin, o significado é uma impossibilidade teórica. Um signo, aceitando-o provisoriamente, não tem um significado, mas receberá tantas significações quantas forem as situações reais em que venha a ser usado por usuários social e historicamente localizados. Em uso, a língua é muito diferente do seu modelo teórico. Para a lingüística um signo tem um significado. Sabemos entretanto que, ao falar, nós estamos diariamente modificando, acrescentando, excluindo, torcendo os significados codificados pela língua.
Mas, muito mais do que isto, para Bakhtin, já que se trata de linguagem e não de língua, a unidade básica não pode ser o signo, mas o enunciado. Um enunciado não é um signo pela simples razão de que para existir ele exige a presença de um enunciador (quem fala, quem escreve) e de um receptor (quem ouve, quem lê). O signo faz parte de uma construção teórica que dispensa os sujeitos reais do discurso. Um signo, num dicionário, não é e não pode ser um enunciado. Este exige uma realização histórica. Um enunciado acontece em um determinado local e em um tempo determinado, é produzido por um sujeito histórico e recebido por outro. Cada enunciado é único e irrepetível. A mesma frase, exatamente a mesma, pronunciada em situações sociais diferentes, ainda que pelo mesmo enunciador, não constitui um mesmo enunciado e não pode constituir. Imaginem que, daqui a algumas horas, eu leia este mesmo texto, palavra a palavra, na Estação Rodoviária de Campos, para um público que não esperava ouvir-me. Será o mesmo texto, mas seguramente não o mesmo enunciado. Aqui, leio uma palestra para um público que, presumivelmente (eu espero!), deseja ouvir-me dissertar sobre as questões da linguagem num teórico de nome estrangeiro e complicado. Lá, as pessoas estarão possivelmente esperando as chamadas para as suas viagens e sem nenhum interesse pelas coisas que eu venha a dizer. Tudo o que conseguirei é uma fama de maluco, maior do que a já carrego, por ser professor universitário nesse nosso triste país.
O enunciado não é um conceito meramente formal; um enunciado é sempre um acontecimento. Ele demanda uma situação histórica definida, atores sociais plenamente identificados, o compartilhamento de uma mesma cultura e o estabelecimento necessário de um diálogo. Todo enunciado demanda outro a que responde ou outro que o responderá. Ninguém cria um enunciado sem que seja para ser respondido. Mesmo isto que eu agora leio, ainda que não venha a receber respostas exteriorizadas, por certo as provocará interiormente e, desde já, esboço as minhas réplicas neste diálogo sem fim.
Como se vê, cada enunciado é um ato histórico novo e irrepetível. E é este enunciado a unidade básica do conceito de linguagem de Bakhtin. Toda linguagem só existe num complexíssimo sistema de diálogos, que nunca se interrompe. Ao decidir falar sobre este tema, nesta mesa, retomei meu já longo diálogo com Mikhail Bakhtin; mas com Paulo Bezerra, meu amigo dileto e tradutor da sua obra; mas com minhas experiências ao lidar com a linguagem, antes de conhecer a obra de Bakhtin; mas com outros textos que venho escrevendo e lendo ao longo de uma vida de estudos. Tudo isto está aqui, neste enunciado que, neste momento, centraliza o diálogo com essa coleção tão ampla de outros enunciados.
Mas, para que adquira consistência histórica e possa acontecer, este enunciado que agora leio precisou, primeiro, dialogar com um público ainda virtual, no momento em que foi escrito, e, agora, dialogar, ao vivo e em cores, com vocês, seus receptores reais. Dá para perceber que não estou me referindo a apenas um enunciado, mas a, pelo menos, dois. Quando, no meu escritório em minha casa do Rio de Janeiro, dialogava com um público virtual — que é o único de que disponho agora quando escrevo — produzia um enunciado. Agora, quando leio este texto — que, para o escritor que está escrevendo, “esse agora” é futuro —, dialogando com um público real (e seguramente diferente do que poderia imaginar quando escrevia), produzo outro enunciado, ainda quando o texto seja exatamente o mesmo (pelo menos até esta frase, pois não posso ainda saber das futuras que chegarão a seu turno).
Mas, notem bem, para poder escrever o que escrevo tenho que construir um receptor muito definido. Sei que vou falar na UENF, em Campos, para um público universitário ligado preferencialmente à área de Comunicação, com a presença inteligente e vigilante do Mário Galvão — companheiro de tantas jornadas de vida —, possivelmente com a presença de colegas da área que estarão conferindo os meus possíveis desvios de rota e assim por diante. Sem construir esta imagem de enunciatário, não teria como escrever, pois só os chupadores de nuvens são capazes de escrever para ninguém. Pois mesmo os solilóquios dos momentos de crise e solidão pessoal são feitos para um enunciatário que construímos, que é um outro eu, capaz de sentir peninha de mim mesmo.
Mas, para poder escrever o que escrevo, tenho que construir uma imagem de mim mesmo, uma imagem de autor. Tenho que avaliar que expectativa depositam em mim, que imagem construíram desse senhor que vem de fora para lhes falar. Tenho que me perguntar se já leram algum de meus textos, se já tinham referências prévias ou se serei um completo desconhecido. Ou seja, quem lhes escreve também teve que se construir como escritor, para que o diálogo pudesse se estabelecer. Mas, assim como o púbico real não há de coincidir com aquele que imaginei previamente, por outro lado, quem escreve neste momento não é a mesma pessoa que será daqui a quatro dias, quando deverá estar lendo o que agora escreve. O enunciador de hoje não será o mesmo que lerá o texto no dia 1º. No mínimo estará quatro dias mais velho, o que, no meu caso, já constitui um sério problema...
Serão enunciados diferentes, unidades de análise distintas.
Por outro lado, todo diálogo — ou seja, todo enunciado — além de um enunciador e de um enunciatário ou receptor, demanda a presença daquilo que Bakhtin denominou de o terceiro do diálogo. É que todo diálogo (ou todo discurso) sempre pressupõe alguém diante de quem se dialoga. Posso supor, neste momento e neste diálogo, que o terceiro, para mim, possa ser o próprio Bakhtin (ou seja, a imagem que tenho dele, pois não sou espírita), que me olha preocupado com o que ando a fazer com suas idéias, ou mesmo seu representante mais autorizado nesta mesa, meu amigo Paulo Bezerra. É com a responsabilidade de não lhe ser muito infiel que falo diante dessa imagem de Bakhtin que, de alguma forma, baliza meu discurso. Ele constitui o terceiro diante de quem em falo. Mas, este é apenas o meu “terceiro”. Para quem me ouve, os terceiros poderão e deverão variar. Imagino, por exemplo, um leitor desses problemas que discorde do pensamento que tento expor aqui. Ele, seguramente, me ouvirá com as orelhas do espírito afiadíssimas pelas suas convicções filosóficas, buscando os argumentos para me contradizer. O seu “terceiro” será constituído por essas mesmas convicções. Já um outro, leitor de Bakhtin que com ele possa concordar, estará me ouvindo tendo como “terceiro” a sua imagem de Bakhtin e estará atentíssimo, buscando concordâncias que o satisfaçam e registrando discordâncias que o conduzirão ao diálogo.
Resumindo, sempre construímos um enunciado a partir de uma referência axiológica, um conjunto de valores que, paradoxalmente, darão consistência ao que dizemos e estarão vigiando a nossa adequação ou não às propostas que dizemos defender. Este conjunto de valores constituirão a imagem do “terceiro do diálogo”. É por isso que ele pode ser representado por uma imagem de autor, por uma autoridade, religiosa ou laica, por uma ideologia, por entidades como classe, história, destino e quejandos.
Ou seja, falamos sempre diante de alguém ou de algo que acreditamos respeitar. E, mesmo quando falamos contra alguém, o fazemos diante de alguém ou algo que supomos concordar com nossa avaliação. É o terceiro que nos ampara e nos vigia, na difícil tarefa de entender o mundo e os nossos semelhantes.
Dando um passo adiante, na construção do enunciado, pode-se observar que existem duas dimensões distintas e complementares: de uma lado, existe a materialidade técnica do texto e, de outro, aquilo que escapa aos limites de língua, para ascender ao plano da linguagem. Nas palavras do próprio Bakhtin:
Portanto, por trás de cada texto está o sistema da linguagem. A esse sistema correspondem no texto tudo o que Ž é repetido e reproduzido e tudo que pode ser repetido e reproduzido, tudo o que pode ser dado fora de tal texto (o dado). Concomitantemente, porŽém, cada texto (como enunciado) Žé algo individual, único e singular, e nisso reside todo o seu sentido (a sua intenção em prol da qual ele foi criado). É aquilo que nele tem relação com a verdade, com a bondade, com a beleza, com a história.2
Vemos assim que aquilo que diz respeito à língua é o que é repetível, o que é recorrente, o que é reprodutível. O que, enfim, não tem identidade própria. Os fonemas (ou as letras na linguagem escrita), os significantes, a sintaxe, enfim, os signos e sus regras de combinação, na linguagem de Saussure. As mesmas palavras podem participar de enunciados diferentes, as mesmas figuras de retórica, uma mesma construção sintática. Tudo isto fica no domínio da língua, do aparato técnico da linguagem. Mas o que efetivamente identifica um enunciado é aquilo que ele efetivamente diz, naquele momento, para aquele enunciatário, nas condições específicas em que é produzido e recebido. Assim, uma única e mesma palavra dicionarizada — repetível, portanto — pode participar de enunciados diferentes. Basta que mudem as condições de sua enunciação. O clássico exemplo da palavra “fogo”. Se pronunciada pelo comandante de um batalhão de fuzilamento para os seus comandados, diante de um condenado atado ao muro de execuções, constituirá um enunciado completamente diferente, do que enunciada por um fumante aflito, com um cigarro apagado na mão, dirigindo-se a um possível possuidor de fósforos ou isqueiro. Ou, um passeante noturno solitário, flagrando um princípio de incêndio e dirigindo-se a quem quer possa prestar auxílio na emergência. O que se repete é a palavra e esta pertence ao plano da língua. O irrepetível em cada caso é a situação que confere a essa mesma palavra significações tão distintas em cada um dos enunciados.
Mas para que esta construção de enunciados possa ser realizada, há que levar em consideração um outro fenômeno extremamente rico de possibilidades. É a distinção que Bakhtin vai estabelecer entre tema e significação. Aqui, igualmente, pertence à significação aquilo que é repetível, reiterável e que portanto se situa no plano da língua. O conjunto de palavras de um dicionário está nesta situação: elas apresentam uma significação que é socialmente compartilhável e que garantem à língua a sua continuidade e à comunicação a sua possibilidade. Já o tema é único em cada enunciado, corresponde a uma significação global daquele enunciado e inclui uma série de elementos que, além de não pertencer à língua, podem inclusive ser não-verbais. Aqui, nesta minha fala, meus gestos, minha entonação, as pausas que faço, as expressões faciais que assumo, minha forma de falar e de vestir, tudo se inclui no conjunto do tema do enunciado. Um tema não pode ser nunca exaustivamente delimitado e não se repete de uma enunciação a outra.
Assim, num enunciado estaremos diante de uma permanente dialética entre as significações, já cristalizadas, e o tema, a cada vez outro. Na verdade há uma luta permanente entre o velho e o novo a cada enunciado que pronunciamos. O velho são as significações que herdamos ao aprender a falar uma língua e ao longo de seu exercício social. O novo, aquilo que cada situação de enunciação apresenta de novidade e de ato histórico original. Posso assim afirmar, sem medo de erro, que vocês nunca leram duas vezes o mesmo livro. Se o livro, materialmente, é o mesmo, o leitor e a situação de leitura não podem sê-lo. Numa segunda leitura, o leitor é um leitor que já conta com a experiência da primeira leitura, entre uma e outra sua vida e suas convicções podem e devem ter mudado, e o livro para ele é um livro que ele já conhece e de que tem uma primeira leitura e, logo, não é o mesmo livro.
Este exemplo reafirma a questão do tema e da significação. O livro, enquanto objeto material, está dotado de um conjunto de palavras cuja significação me imprescindível, ou quase, conhecer para que a leitura seja possível. E aí estamos no plano da língua, no plano da significação. Mas, sabemos todos, por óbvio, que conhecer cada uma das palavras de um livro não significa havê-lo entendido. A leitura não é um acúmulo de significações buscadas num dicionário. Se assim fosse, eu ignorante do Alemão, com a ajuda de um bom dicionário e com uma boa dose de disciplina germânica, poderia ler o Fausto de Goethe, no original. E, mais que isso, um computador, igualmente amparado em um bom dicionário da Língua Russa, dispensaria o meu fraterno amigo Paulo Bezerra da tarefa hercúlea de traduzir Dostoiévski.
Não. A leitura é adentrar de cabeça no tema e não ficar catando milho nos dicionários, escritos ou não. Ler é tentar entender, recriando-as, as circunstâncias em que o livro foi pensado e escrito; é adentrar pelas possibilidades culturais da época; é comparar a sociedade em que o livro foi escrito com aquela em que ele é lido; é construir um mundo imaginário equivalente àquele que habitou o escritor antes, durante e depois da escrita. E tudo isto constitui o tema deste grande enunciado que é um livro. Se não o alcançarmos, a leitura se frustra e se torna um exercício maçante de decodificação de palavras.
Creio que com estas pinceladas, rápidas e superficiais, se possa fazer uma idéia, ainda que pálida, de alguns dos conceitos chaves com que Mikhail Mikhailovitch Bakhtin tenta pensar a questão da linguagem. Seria inviável, no limite de uma palestra, tentar esgotar um assunto que ele não conseguiu esgotar numa longa e produtiva existência pessoal e intelectual.
Apenas pretendi trazer algum ordenamento e alguma organização às idéias mais gerais desse pensador genial que, com o riso e o carnaval, com a galhofa e os destronamentos, tentou nos mostrar que a linguagem, como tudo o que é humano, é sempre muito mais complexo do que pretende a arrogância intelectual do saber acadêmico.
Para finalizar, bastaria lembrar que a sua tese de doutoramento — A Obra de François Rabelais: a Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento — foi recusada pela Academia de Ciências da União Soviética. Para alguém que sempre pensou na contra-mão dos discursos oficiais, que valorizou a cultura popular, que resgatou a força da oralidade, que valorizou o riso como forma de denúncia, foi realmente uma sorte. Se a Academia de Ciências da União Soviética o houvesse aprovado como doutor, isto hoje poderia comprometer a força irreverente e devastadora de seu pensamento radicalmente revolucionário.
Rio de Janeiro, 27 a 29 de novembro de 2006.
Notas:
1 Saussure, Ferdinand de - Cours de Linguistique Générale. Paris:Payot, 1966. P. 25
2 Bakhtin. Mikhail. Estética da Criação Verbal. Tradução de Paulo Bezerra, edição eletrônica.

Luis Filipe Ribeiro é mestre em Letras e Doutor em História, professor da Universidade Federal Fluminense, autor de Mulheres de Papel: um estudo do imaginário em José de Alencar e Machado de Assis, Niterói: Eduff, 1996.
E-mail:lfilipe@revistabrasil.org



sábado, 22 de junho de 2013

Cinco dicas para ser mais inteligente....Acredite funciona

Todo mundo sabe que a prática de exercícios é o primeiro passo para um corpo saudável. Mas e quanto ao nosso cérebro? Confira só algumas dicas básicas que selecionamos para melhorar a sua inteligência!
1) Livre-se das distrações
Você sabia que fazer duas coisas ao mesmo tempo pode reduzir o seu QI? Segundo um estudo realizado pela Universidade de Londres, mandar e-mail e mensagem de texto ao longo do dia reduziu em média 10 pontos no QI dos participantes! Então, controle-se: o ideal é focar em apenas uma atividade.


Fonte: multicultclassics
2) Durma bem
Se você é daquelas pessoas que perdem muitas horas de sono, cuidado! Você pode estar perdendo inteligência. (Ah! E não adianta compensar o sono dormindo a mais no final de semana!) Se você precisa aprender mais e não consegue dormir, fica a dica: dá para melhorar a capacidade do cérebro de processar informações tirando uns cochilos – 15 minutos já são o suficiente.

Fonte: Dalla
3) Consuma substâncias que ajudem o cérebro
Cafeína e açúcar (com moderação!) podem nos ajudar a tomar decisões de forma mais rápida. Para quem não gosta de café, os energéticos podem ser uma boa pedida. Quanto à alimentação, coma peixe: eles são ricos em Omega-3, substância superimportante para a formação das membranas das nossas células. Desta forma, você melhora a transmissão de informação entre os neurônios e até impede o declínio mental típico do envelhecimento.

Fonte: Guido Musch
4) Continue aprendendo
Quer manter o cérebro ativo? Aprenda algo novo! Fale uma nova língua ou aprenda a tocar um instrumento musical - faz bem para o cérebro e pode deixá-lo mais inteligente! Seja o que for, o importante é treinar a mente com experiências diferentes.

Fonte: Menachemk
5) Acredite no seu potencial
Se você acredita que será mais inteligente, irá estudar e se informar mais e, assim, novas conexões entre os seus neurônios serão criadas. Quanto mais você acreditar que consegue, mais irá tentar. É um ótimo ciclo vicioso, não é mesmo? :)

Fonte: chestergoad
Quer entender um pouco mais sobre o funcionamento do cérebro? Confira só a nossa dica de leitura Neurociência e Educação e saiba como funciona e como podemos melhorar o aprendizado.
E você, tem outra dica para ser mais inteligente?

sábado, 15 de junho de 2013

FILHOS BRILHANTES


FILHOS BRILHANTES ALUNOS FASCINANTES

Bons filhos conhecem o prefácio da história de seus pais Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.

Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.

Bons jóvens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar.

Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio. A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe mas no quanto ele tem consciência que não sabe.

O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.

Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar.

Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora.

Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.
Augusto Cury