sábado, 29 de junho de 2013

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
Cecília Meireles

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Amar


"Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro."


Mario Quintana

Poesia rima com tesão


Serei insolente, imprudente ou descarada
Se escrever tesão e acentuar a palavra
E tornar a palavra como o acto
Coisa real palpável e dura?
Serei impúdica, incorrecta ou devassa
Se escrever coito e fizer sexo com as palavras
E a palavra se tornar lasciva
E assumir mil formas
Tantas como as do coito
Tantas como as do amor?Serei…?Não!
Vergonha sentiria se no final do poema
Ao escrever sémen, esperma e orgasmo
Um fio ténue e breve me escorresse da caneta
E fossem final e poema
Tímida e precoce ejaculação.
Pois que poesia não rima com pudor
Pois que poesia não rima com vergonha
Pois que poesia não rima com pejo ou timidez.
Poesia rima com paixão
Poesia rima com tesão
E mãos e corpos em coitos
E palavras que se dão com avidez.

LUA ADVERSA



Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles

Retrato

Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles

Canção da tarde no campo

Poemas de Cecília Meireles



Caminho do campo verde
estrada depois de estrada.
Cerca de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a tarde é minha.

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua;
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.

Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha.


Só Pro Meu Prazer - Gabriel Guerra

Não fala nada
Deixa tudo assim por mim
Eu não me importo
Se nós não somos bem assim
É tudo real as minhas mentiras
E assim não faz mal
E assim não me faz mal não

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer
Só pro meu prazer

Não vem agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você, não é nada que eu penso
Também se não for
Não me faz mal
Não me faz mal não

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer
Só pro meu prazer

Amor arrebatado que a gente não esquece

Amor arrebatado que a gente não esquece

Os romances que tocam a alma falam de uma felicidade efêmera, cuja lembrança nos acompanha para sempre. À vida fica reservado o conflito de perder o amor para, veja você, preservá-lo

pts


Ela lhe deu o livro e disse: “É uma história de amor muito bonita. Mas não quero o fim para nós…” Na capa do livro estava escrito: As Pontes de Madison.
Madison era o nome de uma daquelas cidadezinhas pacatas do interior americano, lugar de criadores de gado, novidades não havia, todas as noites eram a mesma coisa, os homens se reuniam nos bares para beber cerveja e falar sobre touros e vacas ou jogavam boliche com suas mulheres, que durante o dia cuidavam das casas e cozinhavam, e aos domingos a família ia à igreja e cumprimentavam o pastor na saída pelo bom sermão. Todos conheciam todos, todos sabiam de tudo, vida privada não havia e nem segredos e, como gado manso, ninguém se atrevia a pular as cercas porque todos ficariam sabendo.
A cidade era vazia de atrativos além do gado, a não ser algumas pontes cobertas sobre um rio a que os moradores não atribuíam qualquer importância. Eram cobertas como proteção contra as nevascas de inverno que poderiam cobrir as pontes, bloqueando o tráfego dos veículos. Só uns poucos turistas que paravam no lugar as julgavam dignas de serem fotografadas.
A família, pacata como as outras, era composta de marido, mulher e dois filhos. Eles tinham cabeças de criadores de gado, cheiro de criadores de gado, olhos de criadores de gado e sensibilidade de criadores de gado.
A esposa era uma mulher bonita e discreta, de sorriso e olhos tristes. Mas o marido não a via, lotados que estavam com touros e vacas.
Suas rotinas de vida eram iguais às rotinas de todas as outras mulheres. Essa era a sorte comum de todas que, em Madison, haviam se esquecido da arte de sonhar. As portas das gaiolas podiam ficar abertas, mas suas asas tinham desaprendido a arte do vôo.
Marido e filhos tratavam a casa como uma extensão dos currais e havia na cozinha aquela porta de molas que batia no batente produzindo um ruído seco como o de uma porteira sempre que entravam. A mulher já lhes havia pedido vezes sem conta que segurassem a porta para que ela fechasse de mansinho. Mas o pai e os filhos, acostumados à música da porteira, não prestavam atenção. Com o passar do tempo, ela compreendeu que era inútil. A batida seca passou a ser o sinal de que marido e filhos haviam chegado.
Aquele era um dia diferente. Havia excitação na cidade. Os homens se preparavam para levar seus animais para uma exposição de gado numa cidade próxima. As mulheres ficariam sozinhas. Na cidadezinha amiga, elas estariam protegidas.
E assim aconteceu com ela naquele dia em que a porta não bateu…
Era uma tarde parada e calorenta. Nem uma vivalma até onde a vista alcançava. Ela, sozinha na sua casa.
Mas rompendo a mesmice de todos os dias passou pela estrada de terra um estranho guiando um jeep. Estava perdido, enganara-se sobre as estradas que não tinham indicações, procurava alguém que pudesse ajudá-lo a encontrar aquilo que procurava. Era um fotógrafo que procurava as pontes cobertas para escrever um artigo para a Geographic Magazine.
Vendo a mulher que da varanda o observava interrogativa – quem seria? – ele parou defronte da casa. Ele, surpreendido que uma mulher tão bonita estivesse sozinha naquele fim de mundo, se aproxima. É convidado a subir até a varanda – que mal poderia haver nesse gesto de cortesia? Ele estava suado. Que mal haveria que tomassem juntos uma limonada gelada? Quanto tempo fazia que ela não conversava assim com um homem estranho, sozinha?
Foi então que aconteceu. E os dois disseram em silêncio: “Quando te vi amei-te já muito antes…” E assim a noite passou com um amor manso, delicado e apaixonado que nem ela e nem ele jamais experimentaram.
Mas o tempo da felicidade passa rápido. A madrugada chegou. A vida real em breve entraria pela porta: filhos, marido e o barulho seco da porta. Hora da despedida, hora do “nunca mais”.
Mas a paixão não aceita separações. Ela deseja a eternidade: “Que seja eterno embora chama e infinito pra todo o sempre…”
Eles tomam então a decisão de partirem juntos. Ele a esperaria numa determinada esquina. Para ele, seria fácil: solteiro, livre, nada o prendia. Difícil para ela, presa a marido e filhos. E ela pensava na humilhação que sofreriam na tagarelice dos bares e da igreja.
Chovia forte. Ela e o marido se aproximam da esquina combinada, o marido sem suspeitar do sofrimento de paixão assentado ao seu lado. Sinal vermelho. O carro pára. Ele a esperava na esquina, a chuva lhe escorrendo pelo rosto e roupa. Seus olhares se encontram. Ele decidido, esperando. Ela, partida pela dor. A decisão ainda não está feita. Sua mão está crispada sobre a alavanca da maçaneta. Bastaria um movimento da mão, não mais que cinco centímetros. A porta se abriria, ela sairia sob a chuva e iria abraçar aquele que ela amava. A luz verde do semáforo se acende. A porta não se abre. O carro segue para o “nunca mais”…
E esse foi o fim da estória no filme e na vida…
Rubem Alves

O Prazer em ler

Quanto mais oportunidades o aluno tiver de ouvir, ver e sentir leituras alheias, maior será o seu repertório e a sua sensibilidade para compreender o que lê e ouve.
Essas leituras, sejam elas um poema, um conto de fadas com príncipes, princesas e castelos, uma notícia de jornal, uma reportagem, uma trova popular etc., são experiências fundamentais para a formação do leitor que gosta de ler e também sente necessidade da leitura.
Mesmo quando este leitor é uma criança, que não domina a letra, a palavra escrita, é importante que esteja inserido em um ambiente cujo gosto pela leitura é apreciado, partilhado e usufruído em comum, para que desta forma também desenvolva o quanto puder as habilidades da leitura.
Ao relembrar Paulo Freire, que nos chamou atenção para a “leitura do mundo”, que antecede a leitura da palavra, podemos afirmar que é por meio da linguagem que o indivíduo reconhece os significados da cultura em que vive, estabelece relações entre as informações e constrói sentido para si e para o mundo.
Simplificando a teoria de Vygotsky, podemos também dizer que a aprendizagem é uma concepção de perspectiva, pois se funde com passado e presente a fim de construir o futuro. Dessa forma, tão importante quanto o ambiente, o reconhecimento do repertório que o indivíduo construiu por toda a sua vida vai lhe permitir a compreensão de cada novo objeto do conhecimento e o reconhecimento do mundo à sua volta.
O papel do educador, nesse sentido, surge como interventor dos avanços inerentes ao processo de construção de conhecimento. Pois, no caso da leitura, não basta oferecer livros em quantidade. Professores e alunos precisam estar juntos no processo que envolve redescobertas e inúmeras possibilidades e precisam perceber e sentir de verdade que a leitura é um elemento essencial para a vida.
Contudo, podemos afirmar que a leitura é território de um sujeito ativo e interativo, que acredita que se “apreende o mundo quando se compreende o que o faz ser como é” (Foucambert, 1994) e que ler é, sobretudo, descobrir caminhos e conhecer.

Eliane da Costa Bruini
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O conceito de linguagem em Bakhtin



O conceito de linguagem em Bakhtin
Luis Filipe Ribeiro
Universidade Federal Fluminense

Resumo:
Este artigo, na verdade uma conferência para alunos de Letras, tenta fazer entender, de forma didática, os conceitos fundamentais, através dos quais Mikhail Bakhtin aborda a difícil problemática filosófica da linguagem humana.



Indagar-se sobre os conceitos na obra de Mikhail Bakhtin é sempre um desafio, pois sabe-se que aí está tudo em movimento permanente e não há terreno sólido para as construções formais. Mesmo porque, se há alguma coisa que caracterize o seu pensamento, essa alguma coisa é uma adesão inconteste à filosofia do movimento. Nada é, em sua obra, definitivo, nada está estabelecido permanentemente, tudo oscila com as alterações do quadro histórico, em que as ações humanas se desenrolam.
Minha proposta, hoje, é tentar alinhavar em linhas gerais como seu pensamento trabalha com a linguagem.
Este é um terreno minado, pelas muitas teorias e filosofias que dele se ocuparam. Mas, tanto melhor, pois será do diálogo de tantas vozes discordantes que poderá surgir uma possibilidade de entendimento desse fenômeno que é absolutamente central tanto na vida social, como na nossa existência pessoal.
Talvez, uma primeira aproximação possa ser feita pela comparação do seu pensamento com o de Ferdinand de Saussure, fundador da lingüística tradicional. Este, ao aproximar-se do fenômeno da linguagem, assim se expressa:
Mas, o que é a língua? Para nós ela não se confunde com a linguagem, ela é apenas uma parte dela, essencial, é verdade. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o exercício de tal faculdade pelos indivíduos. Considerada em sua totalidade, a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por isso que não sabemos como determinar sua unidade.
A língua, ao contrário, é um todo em si mesmo e um princípio de classificação. Uma vez que nos lhe atribuímos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma ordem natural num conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação.1
O lingüista genebrino faz um movimento epistemológico, no mínimo curioso. Primeiro admite que a linguagem é diferente da língua, que ele define como o objeto de estudo da lingüística. A língua é uma parte apenas da linguagem que ele admite ser muito mais ampla que a primeira. Logo, a lingüística não tem como objeto de estudo a linguagem humana, mas uma parte dela.
De outra parte, ao afirmar que a língua é um “produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o exercício de tal faculdade pelos indivíduos”, Saussure está nos dizendo que a língua é apenas um instrumento que possibilita o exercício da linguagem pelos indivíduos, ademais de ser um conjunto de convenções. Trocando em miúdos, a língua não pode ser confundida com o uso da linguagem humana. Até porque o nosso lingüista vai afirmar, também, que
a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por isso que não sabemos como determinar sua unidade.
Ou seja, Saussure descarta a possibilidade de um conhecimento científico da linguagem humana e, em função disto, determina que se estude apenas o seu aparato técnico. É um pouco como dizer que “já que não posso entender sistematicamente a música, vou estudar o tocador de cds”.
Isto, em absoluto, não desqualifica a estudo da lingüística que, de todo modo, é fundamental. Apenas sublinha claramente que ela não foi construída para entender a linguagem humana, mas seu instrumental técnico, a língua. Isto explica porque o campo da semântica sempre foi o irmão mais pobre em estudos e em bibliografia lingüísticas. Exatamente porque ele aponta para a única coisa que fica realmente fora da língua, ou seja, o mundo. Um clarividente lingüista americano, Edward Sapir, afirmou, com propriedade, que a semântica não pertencia à lingüística, mas à antropologia. Num gesto que marca bem claramente o problema que estamos tentando desenhar.
O estudo da língua é fundamental, sem ele não avançamos muito no campo da linguagem; mas, por outro lado, é insuficiente, se nosso objetivo é conhecer o exercício efetivo da fala em sociedade.
A partir daí, o mais é decorrência deste movimento fundador básico. Para Saussure, além da linguagem e da língua, existe ainda a fala. A linguagem é incognoscível; a língua é o estudo dos signos e das suas regras de combinação; a fala é o mero exercício individual dentro dos limites da língua e, igualmente, é descartada como objeto de estudo da lingüística. Ou seja, nem a linguagem — fenômeno social por excelência —; nem a fala — o exercício pessoal da linguagem — podem ser estudados pela lingüística. Ela vai dedicar-se inteiramente ao estudo do instrumental que nos possibilita a fala. Para entender melhor tal afirmação — e uso aqui uma gratificante experiência com meu filho caçula de um ano e três meses de idade — uma criança que ainda não fala, nem por isso deixa de possuir linguagem. Ela se comunica, expressa seus desejos, manifesta seus desagrados, busca seus objetivos práticos no dia-a-dia. Mas ela ainda não fala. E não fala porque não domina totalmente o instrumental técnico que é a língua. Não a usa como emissor, mas a entende perfeitamente como receptor. Ou seja, dela tem um domínio parcial, com ela se orienta no mundo, mas não lhe conhece as manhas e as produções vocais, que há de aprender por imitação direta dos falantes que a cercam. Mas não se pode dizer que não tenha linguagem. E, voltando atrás no seu tempo de vida, antes mesmo de que pudesse entender a língua falada, já tinha uma linguagem, com a qual se ia inserindo no mundo adulto e agindo sobre ele. Não têm os pais que aprender a identificar diferentes tipos de choro de um bebê, para poder atendê-lo, quando é o caso, e desatendê-lo, quando não?
Isto pode tornar os limites entre os nossos dois teóricos — Saussure e Bakhtin — mais claros e mais palatáveis. Ou seja, torná-los acessíveis ao maior número. Pois se há uma coisa de que quero afastar-me é de uma universidade vem desaprendendo gradualmente a falar claro e em língua de gente.
Bakhtin — que é o objeto de minha exposição nesta mesa — situa-se quase como antípoda de Saussure e, por isso, nós que o estudamos, não o vemos como um lingüista, mas como um filósofo da linguagem. E por que? Porque, para ser lingüista ele teria que aceitar as premissas da lingüística traçadas por Saussure, o que ele absolutamente não aceita. Quase contemporâneo de Saussure, Bakhtin critica duramente os fundamentos de sua concepção teórica ao longo de sua obra, mas com especial atenção em Marxismo e Filosofia da Linguagem.
E qual é, basicamente, sua proposta teórica?
Bakhtin pretende, no fundamental, entender o exercício da linguagem humana por parte dos indivíduos. Ele escolhe a música e não o CdPlayer, por difícil que seja o caminho a desbravar. O que Saussure excluiu do estudo da lingüística é exatamente o que atrai as atenções de Bakhtin.
Para ele o único objeto real e material de que dispomos para entender o fenômeno da linguagem humana é o exercício da fala em sociedade. A língua falada, nas casas e nas feiras, na rua e na igreja, no quartel e na repartição, no baile e no bordel, é sempre o que existe de materialmente palpável para o estudo. Para ele, a língua — que Saussure considera o objeto da lingüística — não passa de um modelo abstrato, construído pelo teórico a partir da linguagem viva a real. Coerentemente Saussure afirmava que “não é o objeto que precede o ponto de vista, mas é o ponto de vista que cria o objeto”. No caso da lingüística é exatamente o que ocorre: o seu objeto é criado a partir do ponto de vista de que a linguagem humana não pode ser objeto de conhecimento científico, assim como o exercício da fala.
Para entender um pouco mais a fundo tal diferença, é necessário remontar às origens filosóficas de cada um deles. Saussure surge em cena, durante a onda ascendente do positivismo, que balizava, de forma muito ampla, a produção da ciência ocidental. E o método por excelência do positivismo é o quantitativo. Só é real e material aquilo que pode ser medido, pesado, tocado, manipulado. Era uma forma de contrapor-se às teses escolásticas e metafísicas que constituíram, durante séculos, o cenário do pensamento no Ocidente.
Já Bakhtin surge na cena científica, na Rússia Soviética nascente e em que o marxismo, na sua leitura leninista e stalinista, constituía o único pensamento aceitável. Bakhtin se defronta, então, com dois problemas ao mesmo tempo. De um lado, pensar o marxismo com Marx e não com o Partido Comunista; de outro, discutir o modelo ocidental, positivista por excelência. Sua saída foi buscar apoio em uma erudição literária invejável e um conhecimento filosófico sofisticado. A erudição literária ofereceu-lhe um contacto privilegiado com a linguagem humana real e o conhecimento filosófico uma vacina eficaz contra as simplificações positivistas seja do marxismo oficial, seja da ciência que se fazia no Ocidente. Sua escolha foi decididamente por uma filosofia do movimento, que vem de Heráclito aos nossos dias. E, esta opção pelo movimento, afasta-o decididamente das filosofias da forma, que trabalham com um mundo pronto, acabado e congelado em formas imutáveis, cuja origem remonta a Platão com o seu mundo das idéias, fora do tempo e fora do espaço.
Bakhtin trabalha com um mundo em movimento e em perene transformação, seu objeto está sempre em processo, não se submete a uma forma fixa e imutável.
E é exatamente por isso que ele não pode aceitar que uma língua seja um conjunto de formas (signos) e suas regras de combinação (sintaxe). Para Saussure, um signo é uma relação entre um significante (um som, uma imagem acústica ou um grafema) e um significado (um conceito). Para Bakhtin, o significado é uma impossibilidade teórica. Um signo, aceitando-o provisoriamente, não tem um significado, mas receberá tantas significações quantas forem as situações reais em que venha a ser usado por usuários social e historicamente localizados. Em uso, a língua é muito diferente do seu modelo teórico. Para a lingüística um signo tem um significado. Sabemos entretanto que, ao falar, nós estamos diariamente modificando, acrescentando, excluindo, torcendo os significados codificados pela língua.
Mas, muito mais do que isto, para Bakhtin, já que se trata de linguagem e não de língua, a unidade básica não pode ser o signo, mas o enunciado. Um enunciado não é um signo pela simples razão de que para existir ele exige a presença de um enunciador (quem fala, quem escreve) e de um receptor (quem ouve, quem lê). O signo faz parte de uma construção teórica que dispensa os sujeitos reais do discurso. Um signo, num dicionário, não é e não pode ser um enunciado. Este exige uma realização histórica. Um enunciado acontece em um determinado local e em um tempo determinado, é produzido por um sujeito histórico e recebido por outro. Cada enunciado é único e irrepetível. A mesma frase, exatamente a mesma, pronunciada em situações sociais diferentes, ainda que pelo mesmo enunciador, não constitui um mesmo enunciado e não pode constituir. Imaginem que, daqui a algumas horas, eu leia este mesmo texto, palavra a palavra, na Estação Rodoviária de Campos, para um público que não esperava ouvir-me. Será o mesmo texto, mas seguramente não o mesmo enunciado. Aqui, leio uma palestra para um público que, presumivelmente (eu espero!), deseja ouvir-me dissertar sobre as questões da linguagem num teórico de nome estrangeiro e complicado. Lá, as pessoas estarão possivelmente esperando as chamadas para as suas viagens e sem nenhum interesse pelas coisas que eu venha a dizer. Tudo o que conseguirei é uma fama de maluco, maior do que a já carrego, por ser professor universitário nesse nosso triste país.
O enunciado não é um conceito meramente formal; um enunciado é sempre um acontecimento. Ele demanda uma situação histórica definida, atores sociais plenamente identificados, o compartilhamento de uma mesma cultura e o estabelecimento necessário de um diálogo. Todo enunciado demanda outro a que responde ou outro que o responderá. Ninguém cria um enunciado sem que seja para ser respondido. Mesmo isto que eu agora leio, ainda que não venha a receber respostas exteriorizadas, por certo as provocará interiormente e, desde já, esboço as minhas réplicas neste diálogo sem fim.
Como se vê, cada enunciado é um ato histórico novo e irrepetível. E é este enunciado a unidade básica do conceito de linguagem de Bakhtin. Toda linguagem só existe num complexíssimo sistema de diálogos, que nunca se interrompe. Ao decidir falar sobre este tema, nesta mesa, retomei meu já longo diálogo com Mikhail Bakhtin; mas com Paulo Bezerra, meu amigo dileto e tradutor da sua obra; mas com minhas experiências ao lidar com a linguagem, antes de conhecer a obra de Bakhtin; mas com outros textos que venho escrevendo e lendo ao longo de uma vida de estudos. Tudo isto está aqui, neste enunciado que, neste momento, centraliza o diálogo com essa coleção tão ampla de outros enunciados.
Mas, para que adquira consistência histórica e possa acontecer, este enunciado que agora leio precisou, primeiro, dialogar com um público ainda virtual, no momento em que foi escrito, e, agora, dialogar, ao vivo e em cores, com vocês, seus receptores reais. Dá para perceber que não estou me referindo a apenas um enunciado, mas a, pelo menos, dois. Quando, no meu escritório em minha casa do Rio de Janeiro, dialogava com um público virtual — que é o único de que disponho agora quando escrevo — produzia um enunciado. Agora, quando leio este texto — que, para o escritor que está escrevendo, “esse agora” é futuro —, dialogando com um público real (e seguramente diferente do que poderia imaginar quando escrevia), produzo outro enunciado, ainda quando o texto seja exatamente o mesmo (pelo menos até esta frase, pois não posso ainda saber das futuras que chegarão a seu turno).
Mas, notem bem, para poder escrever o que escrevo tenho que construir um receptor muito definido. Sei que vou falar na UENF, em Campos, para um público universitário ligado preferencialmente à área de Comunicação, com a presença inteligente e vigilante do Mário Galvão — companheiro de tantas jornadas de vida —, possivelmente com a presença de colegas da área que estarão conferindo os meus possíveis desvios de rota e assim por diante. Sem construir esta imagem de enunciatário, não teria como escrever, pois só os chupadores de nuvens são capazes de escrever para ninguém. Pois mesmo os solilóquios dos momentos de crise e solidão pessoal são feitos para um enunciatário que construímos, que é um outro eu, capaz de sentir peninha de mim mesmo.
Mas, para poder escrever o que escrevo, tenho que construir uma imagem de mim mesmo, uma imagem de autor. Tenho que avaliar que expectativa depositam em mim, que imagem construíram desse senhor que vem de fora para lhes falar. Tenho que me perguntar se já leram algum de meus textos, se já tinham referências prévias ou se serei um completo desconhecido. Ou seja, quem lhes escreve também teve que se construir como escritor, para que o diálogo pudesse se estabelecer. Mas, assim como o púbico real não há de coincidir com aquele que imaginei previamente, por outro lado, quem escreve neste momento não é a mesma pessoa que será daqui a quatro dias, quando deverá estar lendo o que agora escreve. O enunciador de hoje não será o mesmo que lerá o texto no dia 1º. No mínimo estará quatro dias mais velho, o que, no meu caso, já constitui um sério problema...
Serão enunciados diferentes, unidades de análise distintas.
Por outro lado, todo diálogo — ou seja, todo enunciado — além de um enunciador e de um enunciatário ou receptor, demanda a presença daquilo que Bakhtin denominou de o terceiro do diálogo. É que todo diálogo (ou todo discurso) sempre pressupõe alguém diante de quem se dialoga. Posso supor, neste momento e neste diálogo, que o terceiro, para mim, possa ser o próprio Bakhtin (ou seja, a imagem que tenho dele, pois não sou espírita), que me olha preocupado com o que ando a fazer com suas idéias, ou mesmo seu representante mais autorizado nesta mesa, meu amigo Paulo Bezerra. É com a responsabilidade de não lhe ser muito infiel que falo diante dessa imagem de Bakhtin que, de alguma forma, baliza meu discurso. Ele constitui o terceiro diante de quem em falo. Mas, este é apenas o meu “terceiro”. Para quem me ouve, os terceiros poderão e deverão variar. Imagino, por exemplo, um leitor desses problemas que discorde do pensamento que tento expor aqui. Ele, seguramente, me ouvirá com as orelhas do espírito afiadíssimas pelas suas convicções filosóficas, buscando os argumentos para me contradizer. O seu “terceiro” será constituído por essas mesmas convicções. Já um outro, leitor de Bakhtin que com ele possa concordar, estará me ouvindo tendo como “terceiro” a sua imagem de Bakhtin e estará atentíssimo, buscando concordâncias que o satisfaçam e registrando discordâncias que o conduzirão ao diálogo.
Resumindo, sempre construímos um enunciado a partir de uma referência axiológica, um conjunto de valores que, paradoxalmente, darão consistência ao que dizemos e estarão vigiando a nossa adequação ou não às propostas que dizemos defender. Este conjunto de valores constituirão a imagem do “terceiro do diálogo”. É por isso que ele pode ser representado por uma imagem de autor, por uma autoridade, religiosa ou laica, por uma ideologia, por entidades como classe, história, destino e quejandos.
Ou seja, falamos sempre diante de alguém ou de algo que acreditamos respeitar. E, mesmo quando falamos contra alguém, o fazemos diante de alguém ou algo que supomos concordar com nossa avaliação. É o terceiro que nos ampara e nos vigia, na difícil tarefa de entender o mundo e os nossos semelhantes.
Dando um passo adiante, na construção do enunciado, pode-se observar que existem duas dimensões distintas e complementares: de uma lado, existe a materialidade técnica do texto e, de outro, aquilo que escapa aos limites de língua, para ascender ao plano da linguagem. Nas palavras do próprio Bakhtin:
Portanto, por trás de cada texto está o sistema da linguagem. A esse sistema correspondem no texto tudo o que Ž é repetido e reproduzido e tudo que pode ser repetido e reproduzido, tudo o que pode ser dado fora de tal texto (o dado). Concomitantemente, porŽém, cada texto (como enunciado) Žé algo individual, único e singular, e nisso reside todo o seu sentido (a sua intenção em prol da qual ele foi criado). É aquilo que nele tem relação com a verdade, com a bondade, com a beleza, com a história.2
Vemos assim que aquilo que diz respeito à língua é o que é repetível, o que é recorrente, o que é reprodutível. O que, enfim, não tem identidade própria. Os fonemas (ou as letras na linguagem escrita), os significantes, a sintaxe, enfim, os signos e sus regras de combinação, na linguagem de Saussure. As mesmas palavras podem participar de enunciados diferentes, as mesmas figuras de retórica, uma mesma construção sintática. Tudo isto fica no domínio da língua, do aparato técnico da linguagem. Mas o que efetivamente identifica um enunciado é aquilo que ele efetivamente diz, naquele momento, para aquele enunciatário, nas condições específicas em que é produzido e recebido. Assim, uma única e mesma palavra dicionarizada — repetível, portanto — pode participar de enunciados diferentes. Basta que mudem as condições de sua enunciação. O clássico exemplo da palavra “fogo”. Se pronunciada pelo comandante de um batalhão de fuzilamento para os seus comandados, diante de um condenado atado ao muro de execuções, constituirá um enunciado completamente diferente, do que enunciada por um fumante aflito, com um cigarro apagado na mão, dirigindo-se a um possível possuidor de fósforos ou isqueiro. Ou, um passeante noturno solitário, flagrando um princípio de incêndio e dirigindo-se a quem quer possa prestar auxílio na emergência. O que se repete é a palavra e esta pertence ao plano da língua. O irrepetível em cada caso é a situação que confere a essa mesma palavra significações tão distintas em cada um dos enunciados.
Mas para que esta construção de enunciados possa ser realizada, há que levar em consideração um outro fenômeno extremamente rico de possibilidades. É a distinção que Bakhtin vai estabelecer entre tema e significação. Aqui, igualmente, pertence à significação aquilo que é repetível, reiterável e que portanto se situa no plano da língua. O conjunto de palavras de um dicionário está nesta situação: elas apresentam uma significação que é socialmente compartilhável e que garantem à língua a sua continuidade e à comunicação a sua possibilidade. Já o tema é único em cada enunciado, corresponde a uma significação global daquele enunciado e inclui uma série de elementos que, além de não pertencer à língua, podem inclusive ser não-verbais. Aqui, nesta minha fala, meus gestos, minha entonação, as pausas que faço, as expressões faciais que assumo, minha forma de falar e de vestir, tudo se inclui no conjunto do tema do enunciado. Um tema não pode ser nunca exaustivamente delimitado e não se repete de uma enunciação a outra.
Assim, num enunciado estaremos diante de uma permanente dialética entre as significações, já cristalizadas, e o tema, a cada vez outro. Na verdade há uma luta permanente entre o velho e o novo a cada enunciado que pronunciamos. O velho são as significações que herdamos ao aprender a falar uma língua e ao longo de seu exercício social. O novo, aquilo que cada situação de enunciação apresenta de novidade e de ato histórico original. Posso assim afirmar, sem medo de erro, que vocês nunca leram duas vezes o mesmo livro. Se o livro, materialmente, é o mesmo, o leitor e a situação de leitura não podem sê-lo. Numa segunda leitura, o leitor é um leitor que já conta com a experiência da primeira leitura, entre uma e outra sua vida e suas convicções podem e devem ter mudado, e o livro para ele é um livro que ele já conhece e de que tem uma primeira leitura e, logo, não é o mesmo livro.
Este exemplo reafirma a questão do tema e da significação. O livro, enquanto objeto material, está dotado de um conjunto de palavras cuja significação me imprescindível, ou quase, conhecer para que a leitura seja possível. E aí estamos no plano da língua, no plano da significação. Mas, sabemos todos, por óbvio, que conhecer cada uma das palavras de um livro não significa havê-lo entendido. A leitura não é um acúmulo de significações buscadas num dicionário. Se assim fosse, eu ignorante do Alemão, com a ajuda de um bom dicionário e com uma boa dose de disciplina germânica, poderia ler o Fausto de Goethe, no original. E, mais que isso, um computador, igualmente amparado em um bom dicionário da Língua Russa, dispensaria o meu fraterno amigo Paulo Bezerra da tarefa hercúlea de traduzir Dostoiévski.
Não. A leitura é adentrar de cabeça no tema e não ficar catando milho nos dicionários, escritos ou não. Ler é tentar entender, recriando-as, as circunstâncias em que o livro foi pensado e escrito; é adentrar pelas possibilidades culturais da época; é comparar a sociedade em que o livro foi escrito com aquela em que ele é lido; é construir um mundo imaginário equivalente àquele que habitou o escritor antes, durante e depois da escrita. E tudo isto constitui o tema deste grande enunciado que é um livro. Se não o alcançarmos, a leitura se frustra e se torna um exercício maçante de decodificação de palavras.
Creio que com estas pinceladas, rápidas e superficiais, se possa fazer uma idéia, ainda que pálida, de alguns dos conceitos chaves com que Mikhail Mikhailovitch Bakhtin tenta pensar a questão da linguagem. Seria inviável, no limite de uma palestra, tentar esgotar um assunto que ele não conseguiu esgotar numa longa e produtiva existência pessoal e intelectual.
Apenas pretendi trazer algum ordenamento e alguma organização às idéias mais gerais desse pensador genial que, com o riso e o carnaval, com a galhofa e os destronamentos, tentou nos mostrar que a linguagem, como tudo o que é humano, é sempre muito mais complexo do que pretende a arrogância intelectual do saber acadêmico.
Para finalizar, bastaria lembrar que a sua tese de doutoramento — A Obra de François Rabelais: a Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento — foi recusada pela Academia de Ciências da União Soviética. Para alguém que sempre pensou na contra-mão dos discursos oficiais, que valorizou a cultura popular, que resgatou a força da oralidade, que valorizou o riso como forma de denúncia, foi realmente uma sorte. Se a Academia de Ciências da União Soviética o houvesse aprovado como doutor, isto hoje poderia comprometer a força irreverente e devastadora de seu pensamento radicalmente revolucionário.
Rio de Janeiro, 27 a 29 de novembro de 2006.
Notas:
1 Saussure, Ferdinand de - Cours de Linguistique Générale. Paris:Payot, 1966. P. 25
2 Bakhtin. Mikhail. Estética da Criação Verbal. Tradução de Paulo Bezerra, edição eletrônica.

Luis Filipe Ribeiro é mestre em Letras e Doutor em História, professor da Universidade Federal Fluminense, autor de Mulheres de Papel: um estudo do imaginário em José de Alencar e Machado de Assis, Niterói: Eduff, 1996.
E-mail:lfilipe@revistabrasil.org



sábado, 22 de junho de 2013

Cinco dicas para ser mais inteligente....Acredite funciona

Todo mundo sabe que a prática de exercícios é o primeiro passo para um corpo saudável. Mas e quanto ao nosso cérebro? Confira só algumas dicas básicas que selecionamos para melhorar a sua inteligência!
1) Livre-se das distrações
Você sabia que fazer duas coisas ao mesmo tempo pode reduzir o seu QI? Segundo um estudo realizado pela Universidade de Londres, mandar e-mail e mensagem de texto ao longo do dia reduziu em média 10 pontos no QI dos participantes! Então, controle-se: o ideal é focar em apenas uma atividade.


Fonte: multicultclassics
2) Durma bem
Se você é daquelas pessoas que perdem muitas horas de sono, cuidado! Você pode estar perdendo inteligência. (Ah! E não adianta compensar o sono dormindo a mais no final de semana!) Se você precisa aprender mais e não consegue dormir, fica a dica: dá para melhorar a capacidade do cérebro de processar informações tirando uns cochilos – 15 minutos já são o suficiente.

Fonte: Dalla
3) Consuma substâncias que ajudem o cérebro
Cafeína e açúcar (com moderação!) podem nos ajudar a tomar decisões de forma mais rápida. Para quem não gosta de café, os energéticos podem ser uma boa pedida. Quanto à alimentação, coma peixe: eles são ricos em Omega-3, substância superimportante para a formação das membranas das nossas células. Desta forma, você melhora a transmissão de informação entre os neurônios e até impede o declínio mental típico do envelhecimento.

Fonte: Guido Musch
4) Continue aprendendo
Quer manter o cérebro ativo? Aprenda algo novo! Fale uma nova língua ou aprenda a tocar um instrumento musical - faz bem para o cérebro e pode deixá-lo mais inteligente! Seja o que for, o importante é treinar a mente com experiências diferentes.

Fonte: Menachemk
5) Acredite no seu potencial
Se você acredita que será mais inteligente, irá estudar e se informar mais e, assim, novas conexões entre os seus neurônios serão criadas. Quanto mais você acreditar que consegue, mais irá tentar. É um ótimo ciclo vicioso, não é mesmo? :)

Fonte: chestergoad
Quer entender um pouco mais sobre o funcionamento do cérebro? Confira só a nossa dica de leitura Neurociência e Educação e saiba como funciona e como podemos melhorar o aprendizado.
E você, tem outra dica para ser mais inteligente?

sábado, 15 de junho de 2013

FILHOS BRILHANTES


FILHOS BRILHANTES ALUNOS FASCINANTES

Bons filhos conhecem o prefácio da história de seus pais Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.

Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.

Bons jóvens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar.

Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio. A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe mas no quanto ele tem consciência que não sabe.

O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.

Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar.

Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora.

Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.
Augusto Cury

RECOMEÇAR


Recomeçar

Não importa onde você parou,
em que momento da vida você cansou,
o que importa é que sempre é possível
e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova
chance a si mesmo.
É renovar as esperanças na vida
e o mais importante:
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado.

Chorou muito?
Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os outros.

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora.

Pois é!
Agora é hora de iniciar,
de pensar na luz,
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego?
Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado, diferente?
Um novo curso,
ou aquele velho desejo de apender a pintar,
desenhar,
dominar o computador,
ou qualquer outra coisa?

Olha quanto desafio.
Quanta coisa nova nesse mundão
de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho?
Besteira!
Tem tanta gente que você afastou
com o seu "período de isolamento",
tem tanta gente esperando apenas um
sorriso teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza nem
nós mesmos nos suportamos.
Ficamos horríveis.
O mau humor vai comendo nosso fígado,
até a boca ficar amarga.

Recomeçar!
Hoje é um bom dia para começar
novos desafios.

Onde você quer chegar?
Ir alto.
Sonhe alto,
queira o melhor do melhor,
queira coisas boas para a vida.
pensamentos assim trazem para nós
aquilo que desejamos.

Se pensarmos pequeno,
coisas pequenas teremos.

Já se desejarmos fortemente o melhor
e principalmente lutarmos pelo melhor,
o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da Faxina Mental.

Joga fora tudo que te prende ao passado,
ao mundinho de coisas tristes,
fotos,
peças de roupa,
papel de bala,
ingressos de cinema,
bilhetes de viagens,
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados.
Jogue tudo fora.
Mas, principalmente,
esvazie seu coração.
Fique pronto para a vida,
para um novo amor.

Lembre-se somos apaixonáveis,
somos sempre capazes de amar
muitas e muitas vezes.
Afinal de contas,
nós somos o "Amor".

(Nota: Não é de Carlos Drummond de Andrade)
Paulo Roberto Gaefke

Para refletir: Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...


Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Resumo do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente

Pessoal: Não somos muito se não conhecemos ao menos partes da legislação, principalmente adolescentes, leiam ..

ECA – 16/07/90
Resumo


- Art. 53: A criança e o adolescente têm direito à educação, visando pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
II – Direito de ser respeitado pelos seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer à instâncias escolares superiores;
- Art. 54: É direito do Estado conseguir à criança e o adolescente:
II - Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Médio;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino;
- Art. 56: Os dirigentes de estabelecimentos de Ensino Fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
II: Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados recursos escolares;
III: Elevados níveis de repetência
- Art. 60: É proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz
- Art. 63: A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I: Garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;
- Art. 65: Ao adolescente aprendiz, maior de 14 anos, são assegurados direitos trabalhistas e previdenciários
- Art. 67: Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não governamental, é vedado o trabalho:
I: Noturno, realizado entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte
- Art. 70: É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente
- Art. 74: O poder público através de órgão competente, regulará as diversões e espetáculos públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.
- Art. 76: As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto-juvenil, programas com finalidades educativas
- Art. 104: São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos à medidas previstas na lei
- Art. 106: Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente
- Art. 108: A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de 45 dias
- Art. 112: Verificada a prática do ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I: Advertência;
II: obrigação de reparo ao dano;
III: prestação de serviços à comunidade;
IV: liberdade assistida;
V: inserção em regime de semiliberdade;
VI: internação em estabelecimento educacional;
VII: qualquer uma das previstas no art. 101, I ao VI
- Art. 121: Da internação:
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semiliberdade ou de liberdade assistida
- Art. 122: A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I: Tratar-se do ato infracional cometido de grave ameaça ou violência à pessoa;
II: por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
- Art. 129: São medidas aplicáveis aos pais ou responsáveis:
VIII – Perda de guarda;
IX - destituição de tutela
X - suspensão ou destituição do pátrio poder
- Art. 136: São atribuições do Conselho Tutelar:
III –
a) Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança
- Art. 143: É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos a que se atribua autoria do ato infracional
Parágrafo único: Qualquer notícia a respeito do fato, não poderá identificar a criança ou o adolescente, vedando-se fotografias, referencia ao nome, apelido, filiação, parentesco e residência
- Art. 243: Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda por utilização indevida
Pena: Detenção de 6 meses a 2 anos; se o fato não constitui crime mais grave
- Art. 263. O Decreto-lei nr 2848, código penal passa a vigorar as seguintes alterações:
3) Art. 136
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos

LDB resumida


Resumo da LDB – Leis de Diretrizes e Base da educação brasileira – Lei 9394/96.
É ela o norte de toda a educação brasileira, inclusive da rede privada.
LDB resumida ideal para estudantes, para candidatos a concursos e a quem mais interessar.

Segue um resumo, mas perceba que ele se refere à LDB sem alterações, abaixo dele seguem as alterações..:
Lei de Diretrizes e Bases (LDB)
Lei nr. 9394 de 1996
Título I – Da Educação
Art. 1º : A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Título II – Dos princípios e fins da Educação Nacional
Art. 3º : O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (do I ao XI):
III – Pluralismo das idéias e concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – Coexistência das instituições públicas e privadas de ensino;
VII – Valorização do profissional da educação escolar
Título III – Do direito à Educação e do Dever de Educar
Art. 4º: O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de (do I ao IX):
III – Atendimento educacional especializado e gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino
Art. 6º : É dever dos pais ou responsáveis efetuar matrícula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.
Título IV – Da organização da Educação Nacional
Art. 9º: A união incumbir-se-á de:
I – Elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
V – Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI- Assegurar processo nacional de avaliação no rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino;
IX – Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos de seu sistema de ensino.
§ Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.
Art. 12: Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de (do I ao VII):
VII – Informar os pais e os responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica
Art. 13: Os docentes incumbir-se-ão de (do I ao VI):
IV – Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
VI – Colaborar com atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade
Cap. II – Da Educação Básica
Seção I – Das disposições gerais
Art. 23º
§ 1º A escola poderá reclassificar alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se à peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 24º : A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns (do I ao VII):
I – A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
III – Nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir forma de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;
IV – Poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V – A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) Aproveitamento dos estudos aproveitados com êxito
e) Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos aos período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino e seus regimentos;
Seção III – Do ensino Fundamental:
Art. 32º : O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante (do I ao IV):
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social
Art. 34º A jornada escolar de ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.
Seção IV – Do ensino médio
Art. 35º: O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades ((do I ao IV):
III – Aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina
Art. 36 : O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste cap. e as seguintes diretrizes (do I ao III)
§ 2: O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas.
§ 4: A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional
Cap. III – Da Educação Profissional
Art. 40º A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho
Cap. IV – Da Educação Superior:
Art. 47º : Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver
§ 2: Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração de seus cursos, de acordo com as normas e sistemas de ensino
Art. 52º : As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracteriza por (do I ao III):
II – Um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado
III – Um terço do corpo docente em regime de tempo integral
Art. 57º : Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais
Cap. V – Da Educação Especial
Art. 58: Entende-se por educação especial, para os efeitos dessa Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração em classes comuns
Art. 59º : Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais (do I ao V):
I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender suas necessidade;
II – Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados
Art. 65: A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino de, mínimo, de trezentas horas
Art. 67º : Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educaçãi, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público(I ao VI):
V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluindo carga de trabalho;
VI – condições adequadas de trabalho
Tit. VII: Dos recursos financeiros
Art. 69: A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
Tit. VIII – Das disposições gerais:
Art. 80º : O poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino à distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.
Art. 85º Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria poderá exigir a abertura de concurso público de provas e títulos pelo cargo de docente de instituição pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor não concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos art. 41 da Const. Federal e 19 do Ato das Disposições Const. Trans.

Em 2006, surgem as seguintes alterações:

A aprovação da lei 11.274, em fevereiro de 2006, que muda a duração do ensino fundamental de oito para nove anos, transformando o último ano da educação infantil no primeiro ano do ensino fundamental. Desse modo, o aluno deve ser matriculado na primeira série (agora chamada de “primeiro ano”) com seis, e não com 7 anos de idade (como é no sistema atual). Outra lei, 11.114, de 2005, que alterava a LDB (Lei nº 9.394, de 96), já aceitava a matrícula de alunos com seis anos de idade no ensino fundamental.
As escolas tem até o ano de 2010 para se adequar à lei. Em algumas capitais brasileiras (e o Distrito Federal), o ensino fundamental de nove anos já é oferecido.
O importante de se discutir e refletir sobre esse assunto é se, realmente, essas mudanças irão melhorar o ensino nas escolas e irão preparar melhor o aluno, ou se essas novas mudanças apenas servirão para se trocar o nome do último estágio do ensino infantil pelo nome de primeira série do ensino fundamental.
Analisando páginas de algumas escolas particulares sobre o assunto, vemos que é, para elas, apenas uma questão de nomenclatura:
9 anos       8 séries
1º ano  Jardim III
2º ano        1ª série
3º ano       2ª série
4º ano        3ª série
5º ano        4ª série
6º ano        5ª série
7º ano        6ª série
8º ano       7ª série
9º ano        8ª série
Em 2009, surgem as seguintes alterações:
Lei 12.013 (DOU 07/08/2009) – altera a LDB
Nova redação
Art. 12
(…)
VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; Art. 12
(…)
Como era
VII – informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica
Lei 12.014 (DOU 07/08/2009) – altera a LDB
Nova redação
Art. 61
Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço;
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.? (NR)
Como era
Art. 61
A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
Lei 12.020 (DOU 28/08/2009 – altera a LDB
Nova redação
Art. 20
(…)
II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; Art. 20
(…)
 Como era
II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade;

Fonte: Sinpro-SP extraído do blog: http://auladefilosofiacelia.blogspot.com.br
Publicado em 16/04/2012
é de suma importância que leia o post sobre a LDB (lei 9394/96) onde há o link para a LDB completa: http://www.acessaber.com.br/literaturas/lei-939496-ldb-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-2

Resumo da Constituição Federal (alguns tópicos do dia-a-dia)

Para falar qualquer coisa, para criticar qualquer coisa, para reivindicar, é preciso conhecer:


Constituição Brasileira 1988
(alguns tópicos)

Título II: Dos Direitos e Garantias fundamentais:
Cap. I – Dos direitos e deveres individuais e coletivos
Art. 5: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil a inviolabilidade de direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (do I ao LXXVIII)
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos dessa Constituição;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano moral ou à imagem ;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente dessa violação;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes e os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
LII – não será concedida a extradição de estrangeiros por crime político ou de opinião;
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LXVII – não haverá prisão civil por causa de dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma de lei:
a) Registro de nascimento,
b) A certidão de óbito

Cap. II - Dos Direitos Sociais:
Art. 7 ( I ao XXXIV)
IV – Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação a qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade de seu trabalho;
XII – salário família para seus dependentes;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XXV – Assistência gratuita aos filhos dependentes desde o nascimento até o seis anos de idade em creches e pré-escolas;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
Título VIII: Da ordem social
Cap. III: Da educação, da cultura e do desporto:
Seção I: Da educação
Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
Art. 206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (I ao VII):
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
V – valorização dos profissionais do ensino, garantido, de forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurando regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;
VII – garantia de padrão de qualidade
Art. 208: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de (I ao VII):
II – Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino médio
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
VII (§ 3º) – Compete ao Poder Público recensear os educandos no Ensino Fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, juntos aos pais ou responsáveis, pela freqüência na escola
Art. 210 : Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais;
§ 1 O ensino religioso de matrícula facultativa, constituirá uma disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2. O ensino fundamental regular de língua portuguesa será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem
Art. 211: A União, os Estados o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino:
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.
Art. 212: A união aplicará anualmente , nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção de ensino e desenvolvimento:
§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida, na forma de lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes.

Título VIII: Da ordem social
Cap. VII: Da família, da criança, do adolescente e do idoso
Art. 227 (I ao VII)
II (§ 3º) O direito de proteção especial abordará os seguintes aspectos:
I – Idade mínima de 14 anos para admissão ao trabalho, observado o disposto art. 7º
Art. 229: Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Preparação - Dicas para quem não estudou e quer passar em concurso

Dicas sobre como "chutar" certo em provas de concursos PDF Imprimir

Se você é do tipo que não estuda em concurso, mas vive tentando vai aí umas dicas para lhe ajudar..

O ideal é que o candidato esteja sempre preparado para responder todas as questões conscientemente e nunca precise chutar. Passar em um concurso público chutando todas as questões é estatisticamente muito mais difícil do que acertar na loteria.

Mas quase sempre tem uma ou outra questão que o candidato não faz a menor idéia de qual resposta é a certa, nesses casos não resta outra alternativa a não ser chutar mesmo.

Para isso se o candidato souber algumas técnicas, pode acabar aumentando a probabilidade de acertar essas questões no chute:

1º Dica - Eliminação
Primeiramente o candidato deve verificar se existe alguma questão com uma resposta absurda ou visivelmente errada, pode parecer simples, mas isso aumenta muito a sua probabilidade de acertar. Por exemplo: em uma questão com 5 alternativas, a probabilidade de acerto é de 20%, caso seja eliminado uma alternativa a probabilidade aumenta para 25%.

2º Dica - RepetiçãoVerifique se há respostas que se repetem, caso existam, estas tendem a ser as corretas. Por exemplo:
A) Cachorro e Cavalo
B) Vaca e Gato
C) Gato e Cachorro
D) Gato e Macaco
E) Cachorro e Macaco
Note que as palavas Gato e Cachorro aparecem mais vezes em todas as alternativas, então provavelmente a resposta correta é a C, pois reúne as palavras mais citadas.

3º Dica - SemelhançaGeralmente o examinador tende a tentar confundir o candidato colocando alternativas parecidas ou próximas da resposta correta. Com isso as alternativas que são muito semelhante a outras provalmente conterão a alternativa correta. Por exemplo:
A) 10,8
B) 15,2
C) 15,5D) 18,2
E) 20,5
Nesse caso a alternativa B é semelhente ou próxima da C, então provavelmente uma das duas é a correta.

4º Dica - Generalização
Desconfie de toda alternativa que generaliza um determinado assunto, aqui vale a máxima que toda regra tem a sua exceção, quando houver alternativas desse tipo elas tem maior probabilidade de estarem erradas. Segue alguns exemplos de palavras que generalizam assuntos: nunca, jamais, sempre, completamente, incondicional, ninguém, todos, definitivamente e total.

5º Dica - Distribuição
Essa dica não é tão eficiente quanto as primeiras, mas pode ajudar em alguns casos. Estatísticamente, a banca examinadora tende a distribuir igualmente as respostas conforme a quantidade de alternativas e questões da prova. Por exemplo, se cada questão contém 5 alternativas e a prova contém 50 questões, provavelmente o examinador colocará 10 alternativas A, 10 B, 10 C, 10 D e 10 E. Então, quando for chutar, vale a pena contar quantas respostas já foram assinaladas para cada alternativa, a que tiver menos respostas deve ser o palpite. Mas caso tenha já muitas respostas erradas na prova, essa dica não funcionará bem.

Essas 5 dicas são comprovadamente eficientes, pois quando são aplicadas, aumentam muito a probabilidade de acertos ao invés de chutar sem nenhum critério. As próximas duas dicas não são baseados em fundamentos estatísticos comprovados, mas existem muitos boatos que elas também funcionam:

6º Dica - Letra AMuito se diz que o examinador que está elaborando a questão não gosta de colocar a resposta logo na primeira alternativa pois dá a impressão que está facilitando muito a vida do candidato, então segundo essa teoria na dúvida não chute na A.

7º Dica - Letra CAo contrário da letra A, dizem que geralmente o examinador tem a tendência de colocar mais respostas C, então na dúvida deve sempre optar por ela, além disso,  os mais religiosos e supersticiosos acreditam que a letra C, por ser a primeira letra de Cristo, pode ajudar a quem precisa e merece.

Bom, estatístas e boatos a parte, estude sempre para não ter que precisar chutar. Boa Sorte!