Confira a seguir os pontos aos quais os candidatos devem ter maior atenção, segundo o professor.
- Introdução, desenvolvimento e conclusão
Por mais incrível que pareça, e por mais que os próprios
termos indiquem a natureza de cada estrutura, muitos candidatos têm
dificuldades de identificar ou, então, de redigir sua dissertação
respeitando esta ordem lógica. Não é raro, em vestibulares e concursos,
que professores se deparem com redações onde a ideia da conclusão é
apresentada logo no primeiro parágrafo… Vamos, então, às regras gerais? A
introdução é onde o tema abordado é apresentado, aconselha-se que tenha
apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. É importante que ela
determine a ideia central do texto. O desenvolvimento é onde quem
escreve expõe seu ponto de vista e argumenta de uma forma lógica,
fortalecida com uma fundamentação teórica embasada, para que o leitor
acompanhe seu raciocínio. A conclusão é a informação final. O candidato
poderá apresentar uma sugestão, reforçar o processo, fazer o uso de uma
intervenção ou apresentar uma solução; desde que fique claro que aquela
informação encerrou o texto.
- Parágrafos e períodos
Primeiramente, cada parágrafo é organizado em torno de uma ideia
central (tópico frasal), constituído de início, meio e fim, com cerca de
dois ou três períodos. A quantidade de parágrafos na estruturação do
texto vai depender, por exemplo, da instituição, se cobra de 20 a 30
linhas é fundamental que se trabalhe o conjunto do texto entre quatro ou
seis parágrafos. “O candidato não pode ter um parágrafo introdutório
maior que o do desenvolvimento, um com três, outro com dez linhas… Deve
tentar manter uma linearidade”, completa o autor. Os períodos devem
estar articulados de modo que o leitor consiga compreender a ligação
entre um parágrafo e outro. O candidato deve primar pela concisão e,
para isso, Marcelo Braga sugere fazer uso de elementos “maquiadores”
dessa articulação, como a utilização correta dos pronomes, de sinônimos
ou quase sinônimos, que são aquelas palavras que embora não tenham a
sinonímia do vocábulo, no contexto passam a ser substituto da palavra.
- O que nunca fazer numa redação
Em um texto dissertativo-argumentativo, o candidato não deve fazer
uso de passagens de outro texto, prescrever o tema, usar coloquialismos
ou oferecer qualquer traço de oralidade, como “cruzar os braços”,
“fechar os olhos”, “ir de vento em popa”. Segundo o autor, esses
elementos retiram a extensão do texto. “O candidato deverá primar sempre
por informações inovadoras, que não estejam ligadas ao senso comum, que
fujam de vocábulos modistas. Deve apresentar palavras que estejam na
linha da normatividade”, conclui. Ou seja, nada de abreviações e
símbolos, comumente utilizados nas conversas de internet… O autor do
texto deve se ater ainda à utilização adequada dos recursos gramaticais.
Erros de pontuação, no caso da vírgula, da crase, ou de concordância,
são muito comuns nas redações. Para evitá-los, o professor propõe que o
candidato sempre revise o texto, de forma a corrigir possíveis
equívocos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por dar sua opinião, ela é muito importante para que esse blog fique ainda melhor.